Emha derruba barracos de invasores que protestavam contra obra em área pública
É a segunda invasão em Campo Grande nas últimas 24 horas
RESUMO
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Um grupo de aproximadamente 50 pessoas invadiu um terreno no Jardim Tijuca, em Campo Grande, após notar o início de uma construção de alvenaria no local. Os invasores alegam que a área é pública e suspeitam de venda irregular do terreno. A ocupação foi motivada pela construção recente no quadrilátero entre as ruas Bororo, Anita Laterza, Antônio Meireles Assunção e Ivo Menoni. A Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) interveio, removendo as estruturas improvisadas, mas os ocupantes afirmam que permanecerão no local até obterem respostas das autoridades.
Construção de alvenaria em área no Jardim Tijuca foi a motivação para que grupo de 50 pessoas invadisse o terreno e começasse a construir barracos. Segundo eles, a área é pública e a obra seria indicativo de que houve venda ou ocupação irregular.
Esta foi a segunda invasão em 24 horas em Campo Grande. Ontem, grupo também entrou em área do Jardim Monte Alegre.
A invasão no Tijuca ocorreu na quinta à tarde, segundo Tatiane, a pessoa designada pelo grupo para falar, mas que não quis dar nome completo. Ela conta que mora de aluguel há 38 anos no bairro, pagando R$ 1 mil e está inscrita no programa habitacional há anos, mas, nunca foi contemplada com imóvel.
Há duas semanas, notou a construção de alvenaria no terreno no quadrilátero entre as ruas Bororo, Anita Laterza, Antônio Meireles Assunção e Ivo Menoni. “A área é pública, prefeitura vendeu? Então vamos invadir”, justificou.
O grupo passou a noite de forma improvisada e começou a construir barracos hoje. Porém, o plano foi por terra com a chegada de equipe da Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) que começou a derrubar as estacas de madeiras fincadas. O trabalho foi acompanhado por guardas civis metropolitanos.
Um vídeo mostra a equipe da Emha vistoriando a área construída no terreno. Em nota, a assessoria informou que a construção em alvenaria também pode ser considerada invasão e configurar crime, conforme prevê a Lei n.º 2.909.
A Emha também informou que a população deve buscar os canais oficiais da agência para atualização cadastral e informações sobre os programas habitacionais vigentes. "O fato de estar inscrito no cadastro geral não garante atendimento imediato, já que a seleção segue critérios técnicos e sociais estabelecidos por normativas federais", alegou.
Já os invasores, mesmo após a investida da Emha, dizem que não pretende sair do local. “Há duas semanas não tinha nada, e agora tem até construções, a gente mora de aluguel, queremos moradia própria, vamos ficar aqui até segunda-feira, queremos uma resposta”, afirmou Tatiane.
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