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Capital

Falta de gás pode parar creches na Capital, mas prefeito nega problema

Edivaldo Bitencourt e Aliny Mary Dias | 02/08/2013 09:47
Crianças comeram comida "importada" por falta de gás na quarta-feira (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Crianças comeram comida "importada" por falta de gás na quarta-feira (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

Após o problema da falta de merenda no início do ano letivo, crianças e adolescentes da rede municipal podem enfrentar outro transtorno neste mês: a falta de gás de cozinha pode suspender o fornecimento de merenda nos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e nas escolas públicas. Contudo, o prefeito Alcides Bernal (PP) afirmou, na manhã desta sexta-feira, o fornecimento está normal e que desconhecia a suspensão no fornecimento de gás.

Na quarta-feira (31), faltou gás no Ceinf “José Ramão Cantero”, no Jardim Futurista, na saída para Cuiabá. A merenda só não foi interrompida porque a comida foi “importada” do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), localizado na mesma rua, para alimentar os 140 alunos, com idades entre 4 meses e 4 anos.

O Campo Grande News apurou que a falta de gás atinge outras creches. Ontem, várias diretores foram à Secretaria Municipal de Ação Social (SAS) para cobrar a normalização do fornecimento. No entanto, foram informados de que o contrato com a empresa foi rompido e deveriam resolver o problema porque ocupam cargos comissionados.

Em uma unidade, localizada na saída para São Paulo, a diretora, que não terá o nome divulgado, contou que só tinha gás para a primeira refeição do dia nesta sexta-feira. Ela contou que outras unidades estão com o mesmo problema e os diretores não sabem se dispensam os alunos mais cedo ou tiram dinheiro do próprio bolso para garantir o fornecimento e não causar a fúria do prefeito.

No primeiro semestre, quando houve a falta de merenda, a Secretaria de Ação Social obrigou os diretores a assinar um documento informando que o fornecimento de merenda estava normal nos estabelecimentos. No entanto, a situação era crítica. Houve até cozinheira que tirou dinheiro do próprio bolso para comprar açúcar.

O fornecimento de gás seria feito pela Jagás, que ficou em segundo lugar na licitação feita pela Prefeitura e foi contratada após questionar o certame, segundo a CPI do Calote da Câmara Municipal.

O gás GLP é fornecido pela empresa Jagás à Prefeitura de Campo Grande. A empresa foi a segunda colocada na licitação, mas acabou escolhida para firmar contrato emergencial. Em janeiro, fevereiro e março, o valor gasto nos contratos chegou a R$ 101.977.

Normal – O prefeito Alcides Bernal afirmou, na manhã de hoje, que tinha tomado conhecimento do problema pelo Campo Grande News. “O fornecimento (de gás) está normal e não vai faltar merenda”, garantiu o prefeito.
Ele disse que o contrato com a empresa “está em dia” e não existe o problema da “falta de gás”.

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