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Capital

Jovem confirma cárcere e diz que foi ameaçada de morte por jardineiro

Alan Diógenes | 28/08/2014 19:52
A adolescente deixou a delegacia com o bebê do casal no colo. (Foto: Marcelo Victor)
A adolescente deixou a delegacia com o bebê do casal no colo. (Foto: Marcelo Victor)
Delegado disse que ficou constatado no depoimento que adolescente sofreu violência psicológica. (Foto: Marcelo Victor)
Delegado disse que ficou constatado no depoimento que adolescente sofreu violência psicológica. (Foto: Marcelo Victor)

A adolescente de 17 anos, que supostamente foi mantida em cárcere privado pelo jardineiro Dirceu Benites, 40 anos, em uma residencia no Bairro Guanandi, em Campo Grande, prestou três horas de depoimento, nesta quinta-feira (28) na DEPCA (Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente). Essa é a terceira vez que a menor é ouvida, e, novamente, ela afirmou que o acusado a proibia de ter contato com a família e a ameaçou de morte durante a última discussão do casal.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Paulo Lauretto, a adolescente contou que o jardineiro não deixava ela ter contato sozinha com a família. “Ficou constatado que ele só deixava ela falar com a família quando ele estava presente. Ela contou que poucas vezes conversou com os familiares, e quando acontecia era por telefone com o Dirceu ao lado escutando a conversa”, destacou.

Durante o depoimento, a jovem acusou Dirceu de ter pegado um galão de gasolina e ameaçado colocar fogo nela. “Ela não saiu da casa porque ele teria ameaçado colocar fogo nela com um galão de gasolina. Sem saída e temendo a segurança dela e do filho, ela não foi embora e acabou denunciando o caso através do bilhete na farmácia”, explicou Paulo.

O delegado não descartou a hipótese de realmente ter acontecido o cárcere privado. Segundo o depoimento da jovem, houve violência psicológica contra a mesma. “Violência psicológica é um crime previsto na Lei Maria da Penha e tem suas punições. Durante o depoimento foi possível notar que a menina está com a capacidade psicológica reduzida devido a pressão que pode ter sofrido”, mencionou.

Conforme Paulo Lauretto, mais cinco ou seis testemunhas serão ouvidas. São pessoas que tiveram contato com o casal durante o relacioamento que mantinham. Entre elas estão a mãe de Dirceu e a vizinha que morava ao lado da residência, onde moravam juntos, o jardineiro, sua ex-esposa e a adolescente.

Nesta tarde foram ouvidos, além da adolescente, a mãe de criação, o irmão e a cunhada, ou seja, as pessoas com quem ela morava antes de ter conhecido o jardineiro. Ela saiu acompanhada destes familiares com o bebê do casal no colo e apenas disse à imprensa que “a verdade vai prevalecer”.

A Justiça expediu um mandado de prisão contra Dirceu. Como ele não foi encontrado em nenhum dos endereços anexados no processo, o delegado informou que ele é considerado foragido.

A advogada de defesa do acusado, Rosana Espíndola Tognini, disse que ele não foi chamado para ser ouvido novamente e está a disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento que for necessário.

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