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Capital

Médico não se pronuncia sobre eventual afastamento da direção do HU

Nadyenka Castro | 19/03/2013 13:52
José Carlos Dorsa em entrevista no dia 18 de julho do ano passado, no HU. (Foto: Simão Nogueira)
José Carlos Dorsa em entrevista no dia 18 de julho do ano passado, no HU. (Foto: Simão Nogueira)

O médico José Carlos Dorsa Vieira não se pronunciou, hoje, sobre eventual afastamento dele da direção do HU (Hospital Universitário), que nesta terça-feira foi alvo da operação Sangue Frio, realizada pela PF (Polícia Federal). A ação faz parte das investigações sobre corrupção no tratamento de câncer.

Ao ser questionado, por telefone, se ele havia sido afastado do hospital, Dorsa declarou apenas que era para a reportagem entrar em contato com a assessoria de imprensa do HU. Ele também não quis comentar a operação contra o hospital que ele dirige. “Nem em Campo Grande estou”, disse.

A assessoria de imprensa do HU declarou que a instituição "não irá se pronunciar sobre o caso" e que ainda não tem a relação dos quatro servidores afastados: dois são efetivos e dois terceirizados. O afastamento deles foi determinado pela Justiça Federal.

Operação – Na ação foram apreendidos R$ 200 mil e há suspeita de desvio em contratos do HU que somam R$ 3 milhões. Conforme a PF, que realizou entrevista coletiva, o dinheiro foi apreendido em quatro locais. Sendo R$ 100 mil na residência do médico Adalberto Abrão Siufi.

Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão no HU, Hospital do Câncer, empresas que possuem contratos com o hospital público, escritório de contabilidade, residências e na Neorad. A empresa pertence ao médico Adalberto Abrão Siufi, que é diretor-geral do Hospital do Câncer e ex-diretor de oncologia do HU.

Na casa de Adalberto Siufi também foram apreendidas três armas de fogo. Como ele não é autorizado a estar com as armas, foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo e foi solto após pagamento de R$ 30.510 em fiança.

No Hospital Universitário, são investigados fraudes em licitações, corrupção passiva, desvio de dinheiro público e superfaturamento em obras

Já o Hospital do Câncer é suspeito de servir como fachada para desvio de dinheiro público. A unidade oferece tanto atendimento privado quanto pelo SUS e é administrado pela Fundação Carmem Prudente. Na semana passada,o MPE (Ministério Público Federal) acionou a Justiça para pedir o afastamento dos diretores.

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