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Capital

Menina inocenta pai, culpa madrasta e caso vai para análise da Justiça

Amanda Bogo | 10/07/2016 12:18

A Justiça definirá se a menina de 9 anos, que desapareceu na sexta-feira (8) e foi encontrada na noite de sábado (9), na região sul de Campo Grande, voltará para a casa do pai ou permanecerá no abrigo onde está desde que relatou sofrer maus-tratos por parte da madrasta. A criança esteve no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) fazendo exames na manhã deste domingo (10).

Segundo o delegado João Reis Belo, da 5ª DP (Delegacia de Polícia) de Campo Grande, onde o caso foi registrado inicialmente como desaparecimento, o trabalho de localização da menina foi feito pela polícia com o apoio do diretor, da orientadora e coordenadora da escola onde a garota estuda. "Ela estava bem alimentada e cuidada, sem lesões aparentes. Chorava muito e desde o primeiro momento, manifestou que não queria voltar para casa por conta das supostas agressões físicas e verbais por parte da madrasta, que aconteciam na ausência do pai". 

Conforme o delegado, a menina foi levada para a delegacia onde prestou depoimento acompanhada por uma representante do SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) e do Conselho Tutelar. O pai e o diretor da escola onde a criança estuda também foram ouvidos.

De acordo com Reis, a menina ressaltou diversas vezes amar o pai e que ele não era o responsável pelas agressões. “Ela falou muito bem do pai, que ama ele e que ele nada era feito na presença dele. O pai pareceu ser uma pessoa cuidadosa e amorosa com a criança". O diretor, durante seu depoimento, disse não ter reportado nenhuma situação que chamasse a atenção quanto as agressões.

A garota permanecerá no abrigo durante o fim de semana ”No primeiro momento não poderia deixar que ela retornasse ao lar diante da situação que ela alegava. Por isso houve a medida cautelar de proteção e ela foi levada para o abrigo”, explicou o delegado.

As investigações serão conduzidas agora pela Depca (Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente). O Ministério Público e a Vara da Infância e da Juventude decidirão, nesta semana, se a menina voltará para a casa do pai ou permanecerá no abrigo.

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