ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Mortos em presídio passaram por ''tribunal do crime'' dentro das celas

Assassinados ocorreram na última semana de 2019; motivo seria guerra entre facções

Kerolyn Araújo e Clayton Neves | 17/01/2020 11:12
Fachada do Instituto Penal de Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Fachada do Instituto Penal de Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Julian Kenedi Vilhalva da Silva, 31 anos, e Edson dos Santos, 41 anos, mortos em dezembro do ano passado no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) e no Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, na Capital, passaram pelo crivo do ''tribunal do crime'' e tiveram a sentença decretada dentro das próprias celas.

Ao Campo Grande News, o delegado Ricardo Meireles, da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, contou que os inquéritos das duas mortes já foram encerrados e oito presos indiciados pelos crimes.

O primeiro crime ocorreu no dia 25 de dezembro. Julian Kenedi foi morto enforcado no Instituto Penal por seis colegas de cela que eram de uma facção criminosa rival. A princípio, apenas um preso havia confessado o crime. ''Foram feitas diligências e apuramos envolvimento de mais cinco autores", disse o delegado.

Segundo Meireles, todos os seis participaram do crime. ''Seja segurando a vítima, agredindo e, por mim, esganando'', explicou. Os autores foram indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil e que dificultou a defesa da vítima.

Quatro dias depois do crime no Instituto Penal, Edson foi morto da mesma maneira na Máxima. O motivo seria o mesmo: guerra entre facções. A vítima seria integrante do CV (Comando Vermelho) e foi morto por dois presos que faziam parte do PCC (Primeiro Comando da Capital). ''Ele passou pelo julgamento do tribunal do crime e a ordem para que ele fosse executado se deu por meio de ligação telefônica", detalhou o delegado.

Dos oito presos que ocupavam a cela onde Edson foi assassinado, seis foram transferidos do Instituto após a morte de Julian no dia 25 de dezembro.

Nos siga no Google Notícias