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Capital

Mulher ferida com latinha diz que vai ‘até o fim’ para punir agressor

‘Sofri uma violência que eu não esperava’, afirma professora sobre confusão no trânsito

Anahi Zurutuza e Amanda Bogo | 15/07/2016 15:10
Professora agredida chegou para depor na 5ª DP acompanhada do advogado (Foto: Amanda Bogo)
Professora agredida chegou para depor na 5ª DP acompanhada do advogado (Foto: Amanda Bogo)

A professora universitária Vera de Matos Machado, 55, que foi atingida com uma lata de cerveja no rosto durante confusão no trânsito, vai processar o empresário que a agrediu. “Quem sofre este tipo de violência tem de ir até o fim”, disse ao chegar, por volta das 14h30, na 5ª DP (Delegacia de Polícia) de Campo Grande para ser ouvida pelo delegado Daniel Rodrigues da Silva.

Vera chegou acompanhada do advogado dela, Carlos Eduardo Tironi. A confusão aconteceu na avenida Ernesto Geisel e, segundo o defensor, o motorista agressor, posteriormente identificado pela polícia como Silvio Pereira José Terceiro, 40, trafegava no mesmo sentido atrás do carro onde estavam a professora e o marido dela.

Ele teria buzinado várias vezes e emparelhou o veículo dele com o automóvel do casal. A professora e o outro condutor abaixaram os vidros e o homem teria dito que ela estava atrapalhando o trânsito, que ele estava com pressa. Vera contou, segundo o advogado, que questionou o fato dele estar dirigindo sob efeito de álcool e, neste momento, o empresário teria ficado nervoso, atirado a lata de cerveja nela e disparado com carro.

Ao ser questionada sobre a versão de Silvio Terceiro, a professora disse que jamais mentiria sobre o que aconteceu. “Sofri uma violência que eu não esperava”.

Ela afirmou ainda que não imaginava a repercussão que o caso teria, que espera que “tudo isso acabe logo”, mas que não vai abrir mão de buscar a punição do agressor.

Empresário cobriu o rosto e não falou com a imprensa na segunda-feira (11) (Foto: Amanda Bogo)
Empresário cobriu o rosto e não falou com a imprensa na segunda-feira (11) (Foto: Amanda Bogo)

Outro lado – Silvio foi ouvido na segunda-feira (11). Segundo o delegado responsável pelo caso, ele negou que estava bêbado, mas disse que havia consumido uma pequena quantidade de bebida alcoólica. A versão contrariou a dada pelo advogado dele, José Roberto Rodrigues, dada a imprensa durante a chegada do suspeito a delegacia, quando o defensor afirmou que seu cliente não havia bebido.

O empresário alegou estar enfrentando problemas psicológicos e familiares. Ele disse que aguardava no semáforo quando o carro em que a professora estava parou ao lado do veículo que dirigia, quando ela começou a proferir ofensas e xingamentos ao homem, que nervoso com a situação, jogou uma lata de cerveja para acertar o carro da mulher.

Após descartar o objeto, ele continuou seguindo seu caminho, quando no semáforo seguinte os carros se emparelharam novamente. O homem disse que a professora voltou a proferir ofensas e a afirmar que ele havia acertado seu rosto, porém não viu nenhum ferimento, tendo respondido os xingamentos e deixado o local.

Além da professora, outra testemunha deve ser ouvida nesta tarde.

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