No dia do Exército, aposentados protestam a favor da intervenção militar
Para os manifestantes, apenas o governo regido por militares conseguiria por fim nos escândalos de corrupção

No dia do Exército Brasileiro, comemorado hoje (19), um grupo de três manifestantes reunidos na frente do Comando Militar do Oeste pedia intervenção militar para acabar com a corrupção no Brasil. Com faixas e palavras de ordem contra o comunismo os manifestantes entregaram panfletos e falaram aos motoristas o que eles chamam de "doutrinação esquerdista".
“Eu estou aqui pelos meus netos e pelas próximas gerações”, explica o aposentado Duacir Berga de 64 anos. “Eu vivi a última intervenção militar, foi a melhor época que o Brasil já teve, tinhamos segurança, éramos respeitados. O Brasil nunca cresceu tanto como naquela época”, acrescenta.
Questionados sobre a receptividade do movimento nas ruas eles afirmam que ainda estão em crescimento. Segundo a aposentada Maria Anete Barros, 63 anos, o foco são os mais jovens: “O movimento intervencionista já existe há vários anos no Brasil, aqui em Mato Grosso do Sul há aproximadamente 5 anos. Não temos lideranças que nem os sindicalistas, aqui todo mundo ajuda e participa da forma que pode, nosso grupo já tem quase 160 pessoas aqui no Estado. Fazemos isso para tirar a juventude da alienação esquerdista”.
Mesmo a Ditadura tendo sido eternizada nos livros de história como uma época onde a censura, perseguição política, supressão de direitos constitucionais e repressão aqueles que eram contrários ao regime militar era normal, ainda tem muita gente que acredita que os militares são a única solução para acabar com a corrupção.
A página do Facebook “O pesadelo de qualquer político 2.0” reúne 87 mil pessoas com postagens que defendem o militarismo e atacam partidos políticos, um dos posts fala sobre a tragédia que seria o Brasil sem a intervenção de 64.

Para a também aposentada Nelci Miranda, 58 anos, é preciso de ajuda dos militares para transformar a sociedade "destruída pela comunismo". “Eles destruíram pilares importantes da nossa sociedade, nos precisamos de escolas como antes, com disciplina e regras. Hoje a maioria dos alunos não sabem nem o que é hino nacional”, lamenta.
O grupo, ainda pequeno, pretende estar nas ruas pelo menos uma vez na semana para conscientizar a população.
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