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Capital

Notificados 3.429 casos e 10 mortes em 2010 relacionados ao alcoolismo

Viviane Oliveira | 30/06/2011 19:22

Hoje foi realizado na Assembleia o seminário “Consumo Abusivo de Álcool – causas e consequências”

Nesta quinta-feira (30) foi realizado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul o seminário “Consumo Abusivo de Álcool – causas e consequências”. A conferência estadual foi à primeira de uma série a serem realizadas pela Comissão Especial de Bebidas Alcoólicas, da Câmara dos Deputados.

O objetivo do seminário é combater o consumo excessivo das bebidas. A partir das conferências regionais será feito um relatório que poderá resultar em projetos de lei para combater o consumo excessivo de álcool, restringindo, por exemplo, as propagadas exageradas de bebidas.

Presidente da Comissão Especial, o deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS), disse que a comissão vai ouvir todos os estados para combater problemas como os que afetam a população indígena, resultando em suicídios, transtornos e violência.

Dorgival Rodrigues, que é um dos 4.000 participantes das reuniões do AA (Alcoólicos Anônimos). Há oito anos, ele percebeu que estava sofrendo com o consumo de álcool. "Eu notei que tinha um problema quando fui buscar o meu filho na escola, às 17h, e parei para conversar com um amigo. Ele estava tomando cerveja e eu resolvi beber com ele. Só lembrei de ir buscar meu filho às 19h. Ele tinha 5 anos", afirmou.

Representando os Alcoólicos Anônimos, Dorgival explicou que o alcoolismo é uma doença sem cura, de tratamento permanente. "O lema é evitar o primeiro gole. O que embriaga o alcoólatra não é a quantidade, é a primeira dose. Ela muda o comportamento", informou.

Segundo a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi, o principal problema causado pelo alcoolismo é a cirrose, além dos transtornos mentais e o trauma. "O uso do álcool e das outras drogas são geradores de violência", salientou.

Números - A rede de saúde pública de Mato Grosso do Sul notificou 3.429 casos de distúrbios provocados pelo consumo abusivo de álcool com 10 mortes em 2010, segundo a secretária de Saúde do Estado, Beatriz Dobashi.

De acordo com a secretária, os casos de alcoolismo são mais sérios do que aparentam, pelo fato de as internações e óbitos não demonstrarem a causa real e a contribuição negativa do álcool.

Conforme Beatriz, é comum nos prontuários serem registradas apenas as consequências, ignorando as causas de doenças como transtorno mental e doença hepática.

Ela apresentou estatísticas mostrando que no ano passado houve 266 casos de abstinência, 355 intoxicações, 120 transtornos psicóticos, 93 transtornos tardios, 47 síndromes de abstinência com transtornos mentais, 27 casos não especificados, 18 por uso de substância nociva, 15 com síndrome de amnésia, entre outros casos.

"Esses dados, escondem a verdadeira estatística porque historicamente muitos casos não chegam à rede pública", finaliza.

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