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Capital

Nova direção quer ampliar repasse de R$ 16 milhões para R$ 20 milhões

Aline dos Santos e Jéssica Benitez | 24/04/2013 10:09
Vereadores e direção se reuniram nesta quarta-feira.(Foto: Vanderlei Aparecido)
Vereadores e direção se reuniram nesta quarta-feira.(Foto: Vanderlei Aparecido)

A pouco mais de 20 dias para retornar em definitivo ao comando da Santa Casa, a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) quer aumento de R$ 4,5 milhões por mês no repasse da Prefeitura, governo do Estado e Ministério da Saúde.

“Solicitei R$ 1,5 milhão de cada um. Hoje, somados os três mais os convênios, a receita mensal é de R$ 16 milhões. Com o aumento, passa para R$ 20,5 milhões”, afirma o presidente da ABCG, Wilson Teslenco.

Segundo ele, o aporte de recursos não se trata de ajuda, mas compatível com os serviços prestados pela Santa Casa.

Hoje, membros da Comissão de Saúde da Câmara Municipal visitaram a Santa Casa. O presidente da comissão, vereador Paulo Siufi (PMDB), se comprometeu a interceder junto ao prefeito Alcides Bernal (PP) sobre o pedido da ABCG, pois 95% dos atendidos na unidade são de Campo Grande.

Os vereadores Jamal Salém (PR) e vereador Ademar Vieira Júnior (PSD), o Coringa, também foram ao hospital. A vistoria não pôde ser acompanhada pela imprensa. Amanhã, os parlamentares vão ao Hospital do Câncer. Na sexta-feira, a visita será na maternidade Cândido Mariano.

Astronômica - O presidente da ABCG, Wilson Teslenco, voltou a reclamar do valor da dívida do hospital. “O rombo da dívida é astronômico”, afirma. Contudo, segundo ele, o montante só será divulgado na próxima semana, quando a atual junta administrativa vai divulgar um relatório. Anteriormente, Teslenco estimava a dívida em R$ 160 milhões.

A unidade está sob intervenção do poder público desde janeiro de 2005. “Os seis primeiros anos foram delicados, com muitos problemas e pouca melhoria. Os outros dois anos foram com mais eficiência. Mas não suficiente para recuperar a Santa Casa”, avalia Teslenco.

Por decisão da Justiça, foi formada uma equipe de transição, reunindo representantes da ABCG e da atual administração.

A Santa Casa é o maior hospital do Estado e alvo recorrente de denúncias. Somente o MPE (Ministério Público Estadual) tem 11 investigações sobre o hospital.

De acordo com o balanço de 2012, realizado pela Altercont Auditoria e Consultoria, o déficit acumulado cresceu 28%, chegando a R$ 71,9 milhões. No exercício de 2011, o valor era de R$ 56,1 milhões. O déficit corresponde à diferença entre o total arrecadado e as despesas.

Já a dívida no ano passado atingiu R$ 85,6 milhões. Em 2011, balanço da KPMG Auditores Independentes apontou débitos de R$ 84,2 milhões.

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