ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Novo julgamento de réu por assassinato de segurança é suspenso

Cristhiano Luna deveria ir a júri no dia 27 deste mês, mas um recurso do MPMS ao Supremo Tribunal Federal fez a data ser cancelada

Geisy Garnes | 05/09/2019 16:10
Cristhiano durante a leitura da sentença no 1º julgamento, em novembro de 2017 (Foto: Kleber Clajus)
Cristhiano durante a leitura da sentença no 1º julgamento, em novembro de 2017 (Foto: Kleber Clajus)

O julgamento do assassinato de Jéferson Bruno Escobar, o Brunão, foi mais uma vez suspenso pela justiça. Réu pelo crime, Cristhiano Luna de Almeida, de 31 anos, deveria ir a júri pela segunda vez no dia 27 deste mês, mas um recurso feito pelo Ministério Público ao STF (Supremo Tribunal Federal) fez o juiz Aluízio Pereira dos Santos, 2ª Vara do Tribunal do Júri, cancelar a nova data.

Cristhiano foi condenado a 17 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato, em 27 de novembro de 2017, mas teve o júri anulado por força de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal em agosto do ano passado. Na época, a defesa de Luna alegou a condenação “se deu de forma manifestamente contrária à prova dos autos”.

O novo julgamento então ganhou uma data, 27 de setembro de 2019, mas antes disso, o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) recorreu à decisão que anulou o júri através de dois recursos - um especial e outro extraordinário. O primeiro recurso foi negado, mas o extraordinário foi admitido para analise do Supremo.

Se aceito, o recurso faz a condenação de Cristhiano ser restabelecida e por isso o juiz Aluízio Pereira dos Santos determinou a retirada do novo júri da pauta. “Portanto, prejudicial à análise do mérito quanto à realização de um novo júri. Posto isto, retiro de pauta o julgamento que estava marcado para o dia 27 de setembro de 2019, até a análise do recurso extraordinário pelo STF”, decidiu.

Entenda - Brunão foi morto em março de 2011, ao tentar tirar Cristhiano Luna de dentro da casa noturna em que trabalhava como segurança após uma briga generalizada. Toda a cena foi gravada por câmeras de segurança do local.

Antes de ir a júri popular, Luna aguardava o veredito em liberdade, mas voltou a ser preso em 30 junho de 2017, depois de ser flagrado em um bar do Shopping Campo Grande, descumprindo assim uma das medidas impostas pela Justiça a ele, de não sair à noite, nem beber.

O primeiro julgamento aconteceu seis anos depois do crime. Insatisfeita com o resultado do júri, a defesa recorreu e a pena foi reduzida para 14 anos, 11 meses e 15 dias de prisão por homicídio duplamente qualificado. Mais uma vez a defesa alegou irregularidades no processo e conseguiu a anulação do julgamento.

Cristhiano já foi condenado a dois anos e seis meses de reclusão por ter agredido gravemente um homem, no Parque de Exposições de Campo Grande, em 2009. No mês passado foi para a prisão domiciliar e desde o dia 8 de julho é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Nos siga no Google Notícias