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Capital

Parentes lembram de “caráter” de PM morto e criticam Força Nacional

Leonardo Rocha e Graziela Rezende | 17/11/2013 10:59
Policial Morto em Rondônia está sendo velado em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Policial Morto em Rondônia está sendo velado em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

Parentes do policial Luiz Pedro de Souza, 33 anos, que foi morto durante operação policial em Rondônia, destacaram durante velório, nesta manhã, em Campo Grande, o “caráter” do PM, sempre muito atencioso com os pais e honesto na profissão.

Emocionados, todos elogiaram a postura do soldado como policial, assim como a dedicação à família. “Ele sempre foi uma boa pessoa, que cuidava dos pais, não tinha filho, mas pensava muito na família”, destacou o tio, Antônio Rodrigues dos Santos, de 53 anos.

Rodrigues contou que o Coronel Davi, comandante da PM no Estado, fez questão de dizer que conheceu o seu sobrinho e aprendeu muito com ele. “Comentou sobre sua ótima educação e seriedade no trabalho”. O tio revelou que o último contato de Luiz Pedro com a família foi na quarta-feira (13), em ligação para uma prima que morava na Bahia.

Crítica – Outro tio do policial, Hanoldo Jesus, 47, fez questão de elogiar a atenção e homenagens que a Policia Militar fez a Luiz Pedro aqui no Estado, mas não deixou de criticar a Força Nacional.

“Não gostamos da maneira como ele foi tirado do local, não foi compatível com seu ato de bravura e coragem em nome da corporação”, afirmou ele.

Hanoldo diz que foi informado que a viatura de Luis Pedro foi acionada para prestar socorro a outras duas viaturas surpreendidas por emboscada na área de conflito e que chegando ao local, eles foram recebidos a bala.

“Eles estavam em oito policiais como poderiam se proteger contra 200 que estavam armados”, questionou o tio. Durante todo velório a mãe e a irmã do policial permaneceram ao lado do caixão, com rosas vermelhas nas mãos.

Demora - Luiz Pedro, com nove anos de atuação na Polícia, foi alvejado na quinta-feira passada, com um tiro na altura do ombro. Ele morreu no distrito de Rio Pardo, em Rondônia, durante confronto entre os policiais da Força Nacional e 500 moradores da região.

O policial chegou a ser socorrido pelos colegas da Força Nacional, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. Ao todo, 146 homens da Força Nacional participavam da operação que tem objetivo de dar início à desocupação da Floresta Nacional de Bom Sucesso. A estimativa do Ministério do Meio Ambiente é que cerca de 200 pessoas ocupem ilegalmente a área.

O corpo só desembarcou em Campo Grande, para o início do velório, na noite de ontem, mais de 48 horas depois do assassinato.

Parentes reclamaram que nem uma aeronave foi enviada para trazer o policial, mas a justificativa é que houve problema no IML (Instituto Médico Legal) de Porto Velho e uma escala precisou ser feita em Cuiabá.

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