ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 32º

Capital

Professor nega vender “bomba”, mas sugeria até local de aplicação, diz polícia

O educador físico responderá pelo crime previsto no artigo 273 do Código Penal, segundo delegada

Anahi Zurutuza e Clayton Neves | 05/09/2019 12:07
Sede da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) onde caso está sendo investigado (Foto: Clayton Neves)
Sede da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) onde caso está sendo investigado (Foto: Clayton Neves)

O professor de educação física que era investigado por vender anabolizantes para um adolescente de 17 anos será indiciado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) por comercializar a substância ilegal. O profissional nega a acusação, mas segundo a delegada Anne Karine Trevisan há vários elementos que comprovam o crime, inclusive conversas entre o educador físico e o aluno no WhatsApp.

O caso chegou à polícia após o adolescente ser flagrado pelo irmão comprando os produtos e contou para a mãe, que encontrou seis ampolas na mochila do filho e fez a denúncia.

Acompanhado de advogado, o professor pediu que a polícia fosse atrás das imagens das câmeras de segurança da academia onde o aluno malhava para conferir que ele apenas vendeu creatina (suplemento legal) ao adolescente. A compra dos anabolizantes, contudo, era feita dentro do banheiro do estabelecimento, segundo a delegada.

A polícia apurou ainda que as ampolas eram vendidas por até R$ 70 pelo professor, que também vendia o álcool necessário para ser usado no local da aplicação da substância e indicava o local que o garoto deveria procurar para as injeções. “Ele passou todas as instruções”.

Para complementar o inquérito, outros frequentadores da academia, professores e até um farmacêutico será ouvido. Muita gente havia notado, conforme a apuração, a mudança significativa no físico do jovem.

O educador físico responderá pelo crime previsto no artigo 273 do Código Penal (falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, e também importação, venda, exposição a venda, ter em depósito para vender, distribuição ou entrega a consumo produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado).

Nos siga no Google Notícias