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Capital

Ruas sem saída se transformam em pontos de drogas e prostituição

Alan Diógenes | 01/09/2015 17:28
Rua sem saída é utilizada como pontos de drogas e prostituição. (Foto: Fernando Antunes)
Rua sem saída é utilizada como pontos de drogas e prostituição. (Foto: Fernando Antunes)
Para comerciante, rua tinha que ser transformada em área de estacionamento. (Foto: Fernando Antunes)
Para comerciante, rua tinha que ser transformada em área de estacionamento. (Foto: Fernando Antunes)

As ruas sem saída, em alguns bairros de Campo Grande, têm se tornado uma dor de cabeça para moradores e motoristas. Alguns reclamam que essas vias estão sendo usadas como pontos de drogas e prostituição, outros afirmam que elas são desnecessárias e não auxiliam para melhorar o fluxo de veículos.

No Jardim dos Estados é possível encontrar diversas travessas que não tem saída. Segundo moradores, uma delas foi fechada com uma mureta pelo proprietário de uma empresa. É o caso da Travessa Ubatã, que fica entre as ruas Euclides da Cunha com a Manoel Inácio de Souza, no Jardim dos Estados.

Segundo a comerciante Bibiane Ibrahin, 42 anos, o fato aconteceu há alguns anos, a prefeitura não interviu e a pessoa que fechou a via não foi punida. “Sorte que moramos em uma parte do bairro que é tranquila, porque se o trânsito fosse mais movimentado por aqui, a situação ficaria complicada”, explicou.

A comerciante também disse que para alguns de seus clientes, o ideal seria transformar a via em estacionamento. “Faltam lugares para estacionar por aqui, então sempre ouço eles dizendo que uma área de estacionamento seria perfeito. Se a via fosse aberta também seria bom, porque serviria como acesso à outras ruas”, mencionou.

Um jovem, que preferiu não ser identificado, afirmou que durante a noite a travessa é usada como pontos de drogas, enquanto alguns a utilizam para manter relações sexuais. “As pessoas não respeitam nem os moradores que vivem por aqui”, salientou.

Ele ainda contou que prefere utilizar as ruas sem saída como lugar de descanso, no horário de almoço, quando não está no expediente do trabalho. Outra rua sem saída muito utilizada pelo jovem para descansar é a Travessa Vilhena, esquina com a Rua Goiás, no mesmo bairro.

Já no Bairro Chácara Cachoeira também é comum encontrar ruas sem saída. Uma delas é a Oceano Ártico. Por lá, segundo um morador que preferiu ser identificado apenas como Diogo, as pessoas também a utilizam para terem relações sexuais. “O que falta e uma policiamento mais ostensivo na região ou as próprias pessoas terem mais consciência de seus atos”, destacou.

O segurança Athaíde Romero, 37, falou que um policiamento mais ostensivo evitaria esses atos como roubos e furtos. “Os criminosos utilizam as ruas sem saída para se esconder e cometer crimes. Nem mesmo as cercas elétricas e muros altos os intimidam. Faz quinze dias que uma casa foi roubada aqui, levaram tudo”, finalizou.

A Prefeitura Municipal informou, na tarde desta terça-feira (1º), que fechar uma rua por conta própria, sem autorização da prefeitura consiste em uma irregularidade. Quem flagrar este tipo de situação pode procurar a Central do Cidadão, localizada na Rua Cândido Mariano, 2.655, Centro, ou entrar em contato pelo telefone (67) 3317-1744. Após, um fiscal da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) irá ao local junto com uma equipe desobstruir a rua.

O Comando de Policiamento Metropolitano da Capital informou que irá fazer um levantamento sobre a solicitação feita pela população dos dois bairros e deslocar equipes policiais para fazer o policiamento das regiões citadas pelos moradores. 

Travessa Vilhena, no Jardim dos Estados também é motivo de preocupação. (Foto: Fernando Antunes)
Travessa Vilhena, no Jardim dos Estados também é motivo de preocupação. (Foto: Fernando Antunes)
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