Santa Casa bloqueia atendimento no pronto-socorro adulto e infantil
Segundo hospital, somente serão aceitos pacientes de emergência, após avaliação da regulação interna e Samu
A Santa Casa de Campo Grande comunicou que bloqueou a entrada de pacientes no pronto-socorro adulto e infantil. O diretor-técnico da instituição, William Leite, diz que o hospital está na limitação física, sendo “impossível manter atendimento em condições mínimas”.
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Santa Casa de Campo Grande bloqueia entrada em pronto-socorro adulto e infantil por superlotação. Hospital opera além da capacidade, com pacientes em áreas vermelhas e pronto-socorro infantil com mais pacientes que leitos disponíveis. A instituição alega trabalhar acima da capacidade contratada pelo município e só atenderá emergências avaliadas pelo Núcleo Interno de Regulação e pelo SAMU. Em maio, o hospital já havia bloqueado o pronto-socorro por falta de insumos e, em audiência na Câmara Municipal, relatou déficit mensal de R$ 13 milhões. Diretoria afirma que as condições atuais não garantem atendimento seguro.
No dia 10 de maio, a Santa Casa já havia recorrido ao bloqueio no pronto-socorro adulto, naquele período, por falta de insumos no cento cirúrgico, o que impedia a realização dos procedimentos. No dia 20 de maio, foi a vez do PS infantil, onde foi realizada restrição nos atendimentos.
Hoje, segundo comunicado enviado pela Santa Casa, a medida é de bloqueio, pois o hospital trabalha além da capacidade. Há 20 pacientes na área vermelha adulta, sendo que a área é equipada com apenas 6 leitos. No pronto-socorro infantil, há 3 leitos disponíveis, mas há 6 pacientes internados, sendo que 5 pacientes estão conectados a respiradores, necessitando de balas de oxigênio (cilindro).
“Estamos trabalhando acima da capacidade contratada pelo Município”, diz William Leite. Por conta do quadro crítico, a entrada de pacientes somente será permitida apenas em casos de emergência, que serão avaliados pelo Núcleo Interno de Regulação e ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), para definir quais atendimentos ainda poderão ser realizados.
“Apesar desse esforço conjunto, reforçamos que, infelizmente, as condições atuais não garantem um atendimento seguro e adequado”, disse o diretor-técnico.
No dia 14 de maio, a crise na Santa Casa foi tema de audiência na Câmara Municipal de Campo Grande. Naquele período, a informação é que a instituição com 700 leitos disponíveis sofria com déficit de R$ 13 milhões mensais.
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