Sem receber, recreadoras de creches falam em greve a partir de sexta
Salário deveria ter sido pago até hoje e não há previsão para que situação seja regularizada

Com o 5º dia útil vencendo hoje e sem previsão para receber, os funcionários da Omep (Organização Mundial para Educação Pré Escolar) e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) ameaçam parar os trabalhos em 48 horas caso a situação continue a mesma. Com a greve, os 93 Ceinfs (Centros de Educação Infantil) de Campo Grande devem ter o atendimento afetado.
De acordo com a presidente do Senalba/MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul), Maria Joana Barreto, que representa os trabalhadores das duas terceirizadas, todos os órgãos envolvidos já foram notificados na tarde de hoje.
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“Oficializei agora a tarde a Omep, Seleta, Semed (Secretaria Municipal de Educação) e SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) dando um prazo de 48 horas. Depois disso, pode haver a paralisação”, explicou.
Ainda conforme a presidente, o jurídico do sindicato entrou em contato hoje com a Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle). “A informação é que não tem previsão de pagamento e que somente quando o secretário Disney Fernandes chegasse de viagem é que vão ver como ocorrerá o pagamento”, comenta.
“A paralisação será a última alternativa para os trabalhadores. Além de atraso salarial, os trabalhadores da Seleta não receberam os vales-transportes também. Esperamos que as instituições empregadoras e prefeitura efetuem, o quanto antes, os pagamentos. Evitando, assim que a categoria tenha que suspender as atividades para reivindicar os seus salários”, ressalta a presidente.
Salários Congelados – Além da falta de pagamento dos salários deste ano, os trabalhadores da Omep e Seleta estão com os salários congelados desde 2014, conforme o Senalba/MS. “Estamos com ação judicial reivindicando o aumento salarial de 2015. E, em 2016 solicitamos mesa de mediação ao MPT (Ministério Público do Trabalho) diante da inflexibilidade patronal em negociar o reajuste para a database deste ano”, destaca Maria Joana. A database da categoria é 1º de maio.
A Prefeitura de Campo Grande foi procurada pela reportagem do Campo Grande News para se posicionar sobre a falta de pagamento e qual é a previsão para que a situação seja normalizada, mas até o fechamento dessa matéria não houve resposta.