Sindicato dos Professores é contra retorno das aulas presenciais na rede privada
Presidente do Sintrae/MS afirma que profissionais serão sobrecarregados com aulas tanto presenciais quanto à distância

Presidente do Sintrae/MS (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado de Mato Grosso do Sul), Eduardo Botelho afirma que a entidade é totalmente desfavorável ao retorno das aulas nas escolas particulares a partir de 19 de outubro, autorizadas hoje pela Prefeitura de Campo Grande.
Foi permitido retorno do Ensino Médio, segundo publicação de hoje no Diário Oficial da Capital, que permite 30% de ocupação das salas de aula, apenas. Além de ser facultativo aos alunos continuarem tendo aulas online ou voltarem às presenciais.
Botelho afirma, em vídeo, que o retorno às aulas presenciais, às vésperas do encerramento do ano de 2020, vai aumentar os números da pandemia, com mais pessoas contaminadas. Ele também afirma que haverá ainda mais sobrecarga aos professores, que além das aulas presenciais, manterão as aulas online
"Por que colocarmos em posição tão árdua e difícil os professores?”, questiona. “Os professores estão trabalhando em casa, com seu próprio computador, sua luz, e exaustivamente à distância, em atividades extras e não remunerados por elas”, lamenta.
O presidente afirma ainda que o sindicato está atento e que vai agir rapidamente “se alguém for contaminado”.
As aulas presenciais do ensino infantil também foram retomadas, em 21 de setembro. Nas escolas públicas estaduais e municipais não há previsão de retorno.
Segundo a prefeitura de Campo Grande, o município apenas atendeu a uma reivindicação de escolas e pais que consideram fundamental o retorno das aulas no Ensino Médico por conta da preparação para o Enem. Para a liberação, o município lembra que levou em conta a taxa de contágio que está em queda em Mato Grosso do Sul e a lotação de UTIs, que segue abaixo de 70% na Capital.