Varredura em comércio do Aero Rancho flagra 5 mil maços de cigarros
Operação da Polícia Civil e Vigilância Sanitária apreendeu cerca de 5 mil maços de cigarros contrabandeados em varredura no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Os alvos eram bares e conveniências.
Desde as 8h, 45 locais foram fiscalizados, com apreensões em 24 estabelecimentos. Conforme o delegado da Decon (Delecia Especializada de Repressão aos Crimes contra Relações de Consumo), Adriano Garcia, a operação não prossegue à tarde porque ao saber da ação, os demais comerciantes recolhem os produtos de origem paraguaia.
Desde maio, lei municipal determina multa de R$ 5 mil para donos de locais que vendam cigarro contrabandeado. Em caso de reincidência, a multa dobra. Na terceira vez, o estabelecimento comercial perde o alvará de funcionamento.
Para o fiscal sanitário Reginaldo Souza da Silva, a nova legislação aperta o cerco contra os comerciantes. “Antes, a multa era definida conforme a quantidade. Agora, não importa se é uma ou mil carteiras, a multa é de R$ 5 mil”.
O delegado da Decon enfatiza que o cigarro já é um mau para o organismo, mas os cigarros contrabandeados representam risco dobrado. As mercadorias oriundas do Paraguai não passam por nenhuma supervisão e até pedaços de inseto são encontrados em meio ao produto.
“O cigarro produzido no Brasil é supervisionado desde o plantio até a fabricação”, afirma Adriano Garcia.
A operação foi a segunda deste ano. Em março, foram apreendidos 2.100 maços de cigarros na região do Jardim Aeroporto. Para o delegado, os números mostram que os comerciantes ficaram “mais à vontade” para vender o contrabando. Contudo, avalia que a nova lei com multa de R$ 5 mil deve reduzir a prática.
Além de cigarros, foram apreendidos dois pacotes com envelopes de dipirona sendo vendido em um bar, o que é proibido. Pacotes de erva mate contrabandeada do Paraguai também foram recolhidas.
Gato de energia - Durante a fiscalização, os policiais flagraram furto de energia elétrica, o conhecido "gato", em uma conveniência localizada na rua Charlote, esquina com a Graciliano Ramos.
No local, havia um manual ensinando como fazer o “gato” e colocado na parede, ao lado do disjuntor da rede de energia. O mecanismo permitia mascarar a medição e roubar energia diretamente da rede elétrica.
A Enersul foi acionada pela Polícia Civil e constatou a fraude. De acordo com a assessoria da empresa, o proprietário do estabelecimento terá de reembolsar toda a energia consumida.
Por meio do histórico de consumo, será cálculado o quanto de energia foi roubado. A empresa também registrou boletim de ocorrência contra o comerciante.