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Cidades

Com formatura ameaçada, alunos de História cobram professores à UFMS

Angela Kempfer e Puala Maciulevicius | 05/04/2011 15:56
Manifestantes sairam em passeata na tarde de hoje. (Foto: João Garrigó)
Manifestantes sairam em passeata na tarde de hoje. (Foto: João Garrigó)

Depois de um ano de briga, suspensões, troca de ofensas e até exoneração revertida pela Justiça Federal, o curso de História da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foi motivo hoje de manifestação de estudantes.

Com faixas e muitas palavras de ordens, os alunos saíram em passeata, com apitaço até a reitoria. Frases estampadas mostravam indignação: “A Federal é a vergonha do Brasil”, “Queremos qualidade no ensino superior”, “Queremos professores mestres e doutores”.

A maior reclamação é pela falta de professores. O curso, que deveria ter oito docentes efetivos, só tem 2 em sala de aula.

A pior situação é para quem acabou de entrar e os que estão prestes a sair. No 1º ano, só há aulas uma vez por semana e no 4º e último, a formatura prevista para o meio de 2011 ficará para dezembro, porque não há orientadores para os projetos de conclusão de curso.

Como “remendo” para a situação, a reitoria apelou para professores voluntários, mas nem todos aceitam essa alternativa.

Segundo os alunos, os voluntários são recém formados pela Universidade Católica Dom Bosco.

Na avaliação dos acadêmicos de História, o problema é geral dos cursos da área de Ciências Humana na UFMS.

Em fevereiro, reunião com representantes da reitoria terminou com a promessa de que em 30 dias o problema seria resolvido, mas em março outro prazo foi pedido, de mais um mês.

“Isso se arrasta desde o ano passado e até agora a universidade não resolveu, não se manifesta”, diz a estudante Ana Paula Dias, de 22 anos, do 2º ano do curso.

Recém chegado à instituição, o acadêmico João Pedro Ribeiro, de 20 anos, do 1º ano diz que agora só acredita em compromisso formalizado. “Queremos uma resposta oficial, documentada pela Universidade”.

Estudantes foram até a reitoria. (Foto: João Garrigó)
Estudantes foram até a reitoria. (Foto: João Garrigó)

Bagunça - No ano passado, dois professores pediram licença médica, remunerada. Os alunos dizem que investigaram e descobriram que ambos faziam trabalhos particulares, mesmo "doentes".

O descontentamento gerou até um dossiê, que foi encaminhado ao Ministério da Educação.

Existe uma briga de docentes mais antigos com a nova reitora da instituição que provocou o afastamento de dois professores por 90 dias. Eles também foram exonerados, mas a Justiça Federal mandou fazer a reintegração, o que ocorreu neste mês.

Com essa decisão, o curso passou a ter 4 professores efetivos.

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