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Cidades

Conselho espera apuração local sobre palestra de procurador que ‘virou culto’

Conduta de Sérgio Harfouche é investigada pela Corregedoria do MP em MS

Anahi Zurutuza | 19/06/2017 18:06
Sérgio Harfouche em entrevista ao Campo Grande News (Foto: Arquivo)
Sérgio Harfouche em entrevista ao Campo Grande News (Foto: Arquivo)

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) suspendeu a investigação contra o procurador de Justiça e pastor evangélico Sérgio Harfouche e vai aguardar parecer da Corregedoria local para se manifestar. O servidor virou alvo de reclamação disciplinar após dar palestra com “ares de culto” em Dourados – a 228 km de Campo Grande.

No dia 27 de maio, o Campo Grande News divulgou vídeo do evento realizado em 25 de maio no estádio Douradão. O procedimento para apurar a conduta do procurador aberto pelo conselho ganhou o número 441/2017-49 e corria sob sigilo, mas foi suspenso temporariamente, segundo a assessoria de imprensa do órgão.

Dependendo a conclusão ou punição que for dada pela Corregedoria do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), conselheiros podem reabrir a investigação e mudarem o parecer.

Polêmica – Depois da polêmica palestra em tom de pregação religiosa ministrada pelo procurador, o MPMS decidiu adiar a convocação de mais pais para ouvirem outra apresentação no Estádio Douradão. A segunda edição do evento estava marcada para o dia 9 de junho.

Convocada sob pena de multa de até R$ 18 mil para quem faltasse, a primeira palestra de Harfouche lotou o estádio. O tema principal foi evasão escolar, mas a explanação terminou com a expulsão da feitiçaria, dando margem ao debate sobre o Estado Laico – que defende que a religião não deve ter influência nos assuntos do Estado.

No começo da oração, o pastor foi advertido pelo grito de um dos participantes de que ele “não estava na igreja”. Então, Harfouche consultou o público de cerca de 10 mil pessoas e diante do apoio da maioria, retomou a pregação.

“Tira fora toda a maldade, a rebelião, a incredulidade, a bruxaria, fica fora feitiçaria, idolatria, derramamento de sangue, uso de drogas, indisciplina, infrações”, disse o representante do MPE.

O debate começou nas redes sociais, nesta ordem, virou matéria do Campo Grande News, foi parar no Fantástico, motivou documento assinado por 72 juristas que pedem providências à OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil), além da reclamação disciplinas no CNMP.

Veja abaixo o vídeo da palestra de Harfouche em Dourados:

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