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Cidades

Desarticulada quadrilha que integra três facções

Redação | 09/02/2009 15:54

A partir da apreensão de 760 quilos de maconha feita na sexta-feira passada em Dourados, município distante 221 quilômetros de Campo Grande, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu desarticular uma quadrilha de traficantes ligados a três facções criminosas de uma só vez: PCC (Primeiro Comando da Capital), CV (Comando Vermelho) e A.D.A. (Amigos dos Amigos). Três pessoas foram presas em Mato Grosso do Sul e outras três no Rio de Janeiro, entre elas, o financiador da ação.

De acordo com a delegada do 20º DP (Distrito Policial) do Rio de Janeiro, Roberta Carvalho, a quadrilha era monitorada há 15 dias. Por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a Polícia descobriu que um carregamento de quase 800 quilos de maconha chegaria ao Rio de Janeiro.

A PF (Polícia Federal) de Dourados conseguiu apreender a carga na periferia da cidade e prender Fagner Ramos Fernandes, 27 anos, o Rato, além de Paulo Cezar Nazário de Lima, 48 anos, conhecido como Gaúcho, e de Paulo de Jesus Roberto, 26 anos, o Polia.

De acordo com a delegada, Lima era o responsável por receber a maconha do Paraguai e fazer o armazenamento. Já os outros dois atuavam no transporte da droga.

Segundo Roberta, o serviço de inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalhava para identificar quem abastecia com drogas o Morro do Macaco. Ela ressalta que as investigações eram feitas "de cima para baixo".

"Queríamos saber de onde vem, quem financia e por onde entra", completa. Os levantamentos feitos indicavam que a maconha saía do Paraguai e passava por Dourados até chegar ao Rio de Janeiro.

Com o monitoramento dos contatos telefônicos feitos por Lima, a Polícia conseguiu chegar aos três cariocas envolvidos na ação. Apontado como o homem que recebia a droga para distribuir no Morro do Macaco, Alexandre dos Santos Pessoa foi preso. Ele é integrante da facção criminosa A.D.A.

Já Carlos Alberto da Silva foi preso acusado de ser o encarregado por receber a maconha que abasteceria o Morro da Mangueira, a mando do CV (Comando Vermelho).

A Polícia também conseguiu prender o financiador da ação, ou seja, o "empresário do tráfico", Ricardo Alexandre Estela. Ele é ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção paulista que de dentro dos presídios comanda atos criminosos.

Sobre o envolvimento de 3 grupos criminosos, de acordo com a delegada, para o tráfico internacional não existem rivais. "O que existe é uma disputa territorial e não empresarial", destaca Roberta.

Ela explica ainda que os traficantes, inclusive, se unem para as ações. "Em função da repressão ao tráfico no morro, o Comando Vermelho, está enfraquecido e o PCC está bancando isso", conclui.

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