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Cidades

Governo de MS tenta destravar dinheiro do crime parado na Justiça Federal

A intenção é a liberação de valores retidos pelo Judiciário para o investimento na construção de três novas bases policiais no Estado

Geisy Garnes | 18/03/2018 12:23
Dinheiro foi apreendido com o casal em um ônibus em 2016 (Foto: Divulgação)
Dinheiro foi apreendido com o casal em um ônibus em 2016 (Foto: Divulgação)

Em busca de recursos para a segurança pública em Mato Grosso do Sul, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) tenta audiência com o desembargador federal Nery da Costa Júnior, vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, para conseguir a liberação de uma conta com dinheiro retido pela Justiça Federal.

Desde de 2016, quando Alexandro Benevides e Eliete Felisbino Benevides, foram flagrados com U$ 2,4 milhões (equivalente a R$ 8 milhões) na BR-262, apreendidos pela Justiça, a Sejusp tenta que o valor apreendido seja revertido em melhorias de estruturas para as policiais de Mato Grosso do Sul.

Antes de se aposentar, o Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal de Mato Grosso do Sul, autorizou o uso do dinheiro depositado na conta da justiça federal para a construção de três novas bases operacionais no Estado: a sede do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e da Polícia Federal em Ponta Porã e um novo centro de operação da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

No enquanto, desde que o juiz deixou a 3ª Vara Federal de Mato Grosso do Sul, o dinheiro permanece retido em uma conta vinculada ao processo. De acordo com o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, a audiência com o vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região é uma tentativa de acelerar o processo.

“Esse dinheiro é proveniente de crime de lavagem de dinheiro, está em uma conta judicial vinculada ao processo. O juiz Odilon destinou esse dinheiro para o Estado, mas falta a liberação e sem um juiz titular isso não é possível”, explicou o secretário.

Conforme o secretário, o dinheiro vai custear toda a parte inicial dos três projetos, reduzindo os gastos do Estado com as construções. “Não dá para construir tudo, mas dá para contratar o projeto. Na sede do DOF o valor vai custear toda a parte inicial da obra”, explicou. A estimativa é que o prédio, que será construído em Dourados, é de R$ 4,5 milhões.

“Estamos tentando agendar uma reunião com ele nos próximos dias, está prevista uma visita a Mato Grosso do Sul, se não conseguirmos a audiência aqui, vamos para São Paulo pedir a intervenção dele nesta questão”, defendeu Videira.

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