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Cidades

Índios pedem segurança e produtores vão seguir onda de reação a invasões

Lidiane Kober | 12/11/2013 18:30

Alegando ameaças, índios da Aldeia Passarinho, em Miranda, pediram à Funai (Fundação Nacional do Índio) e a Polícia Federal proteção. Na madrugada de hoje (12), eles foram impedidos, a tiros, de ocupar a Fazenda Estância Garope. Do outro lado, os produtores da região estão decididos a manter a estratégia de “defender as terras com as próprias mãos”.

“O produtor está desacreditado, não confia mais na Justiça e nem nas promessas do governo”, disse o presidente do Sindicato Rural de Miranda, Adalto Rodrigues. “A partir de agora, vamos defender nossas terras com as próprias mãos”, completou.

Segundo ele, o proprietário da Estância Garope, de 55 hectares, “economizou a vida toda para comprar a terra”. “É a única propriedade que ele tem, trabalhou como pantaneiro para economizar e adquirir a área”, acrescentou.

Do lado dos índios, o líder da Aldeia Passarinho, Teófilo Rodrigues, relatou clima de medo. “Somos vizinhos da fazenda e eles estão nos ameaçando”, relatou. “Pedimos à Funai o envio de seguranças”, emendou.

Recentemente, segundo Teófilo, os moradores da aldeia foram acordados com a explosão de bombas. “Jogaram durante três dias seguidos”, contou. “Até criança eles ameaçam”, completou.

Nesta tarde, após a tentativa de ocupação, seis agentes da Polícia Federal foram à fazenda realizar perícia de um trator de propriedade da aldeia. Os índios acusam os produtores de destruir o equipamento e eles rebatem a acusação e jogam a culpa nos indígenas.

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