ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 28º

Interior

Com agenda em sigilo, CPI da Funai inicia diligências hoje em MS

CPI que tem deputada sul-mato-grossense Tereza Cristina como sub-relatora investiga atuação da Funai e do Incra em demarcações

Helio de Freitas, de Dourados | 06/06/2016 09:28
Tereza Cristina durante sessão da CPI da Funai e Incra (Foto: Divulgação)
Tereza Cristina durante sessão da CPI da Funai e Incra (Foto: Divulgação)

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada pela Câmara dos Deputados para investigar a atuação da Funai (Fundação Nacional do Índio) e do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) na demarcação de terras indígenas e quilombolas inicia nesta segunda-feira (6) a série de diligências solicitada pela sub-relatora, deputada sul-mato-grossense Tereza Cristina (PSB).

Os trabalhos devem seguir até sexta-feira (10), mas o cronograma e locais das reuniões são mantidos em sigilo pela CPI. A assessoria de Tereza Cristina informou hoje ao Campo Grande News que a estratégia foi adotada para não atrapalhar o resultado das investigações. A comissão deve divulgar o resultado somente depois das diligências.

Confrontos e mortes – Tereza Cristina e a equipe técnica da CPI vão fazer diligências em Amambai, na região sul, em Dourados e em Campo Grande. Segundo a Agência Câmara, a presença de membros da CPI em MS se deve aos vários confrontos entre indígenas e fazendeiros registrados no Estado, “muitos com mortes, devido a indefinições sobre a titularidade de terras, situação que se agravou nos últimos anos”.

Em dezembro do ano passado, a CPI recebeu documentos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa de MS que investigou o envolvimento do Cimi (Conselho Indigenista Missionário - vinculado à igreja católica) em invasões de terra no Estado.

Criada em novembro do ano passado, a CPI é controlada por deputados federais da bancada ruralista. De acordo com o “Congresso em Foco”, todos os sete principais cargos do colegiado – presidente, vice-presidentes, relator e sub-relatores – são ocupados por apoiadores da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 215, que inclui o Congresso Nacional na demarcação de terras indígenas e quilombolas.

Nos siga no Google Notícias