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Interior

Mesmo com ação judicial, alunos decidem manter invasão da UEMS

Elci Holsback | 08/11/2016 13:56
Alunos vão permanecer no local (Foto: Divulgação/ Facebook)
Alunos vão permanecer no local (Foto: Divulgação/ Facebook)

Estava prevista para que até o final da tarde de hoje (8) o campus da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) de Paranaíba - município distante 422 Km de Campo Grande fosse desocupado pelos alunos que, desde o dia 29 de outubro estão no local em protesto contra PEC 55 (Proposta de Emenda à Constituição) que limita os gastos públicos por 20 anos.

De acordo com a gerente da unidade da UEMS em Paranaíba, Sheila Aparecida Villa Rosa, os alunos tinham até as 9h de hoje para decidirem se manteriam a invasão parcial ou sairiam do prédio. "Até as 18 horas os estudantes devem deixar o campus. Foi decidida a desocupação total e eles aguardam apenas a chegada de um oficial de Justiça para acompanhar a saída da universidade", adianta Sheila.

Contudo, em nota divulgada no início desta tarde na página do Facebook do movimento Ocupa UEMS, os alunos informaram que optaram por manter o manifesto. "Em  reunião com Ministério Público de nossa cidade, nos foi proposto duas medidas a serem tomadas, sendo elas: a desocupação parcial, permitindo assim que os alunos tenham aula; ou desocupação total, na qual, nós deixaríamos a unidade. Em assembléia foi votado a favor da continuação da ocupação, por entendermos que a mesma já se encontra parcial, uma vez que as atividades administrativas e extra sala continuam acontecendo. Entendemos que, aceitar a proposta e abaixar a cabeça nos deslegitimaria enquanto movimento estudantil", consta na nota.

Na tarde de ontem a administração da UEMS, junto à Promotoria no município se reuniu com alunos participantes do manifesto e os contrários à ocupação para negociar a reintegração do prédio. Caso os acadêmicos não decidissem pela desocupação integral ou parcial, a promotoria entraria com medida judicial.

A UEMS foi uma dos 363 locais de provas no País onde o exame foi adiado para os dias 3 e 4 de dezembro, devido as ocupações. 488 estudantes  que fariam a prova no campus realizarão o exame na nova data.

Outro caso - Já em Três Lagoas - distante 338 Km de Campo Grande, o campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) continua ocupado e a Associação de Pátria Brasil ingressou ontem com ação na Justiça Federal para a reintegração de posse do campus. "Todas as atividades continuam suspensas, mjá tivemos várias conversas com os alunos e agora aguardamos a decisão judicial", destacou a diretora em exercício do campus, Inês Francisca Neves Silva. 

A invasão iniciou em 2 de novembro com cerca de 20 alunos, apenas no bloco 2 da universidade, o que não impediu a realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no último final de semana. Ontem (7) os estudantes passaram a ocupar também o bloco 1, onde ocorreram as provas.

Na noite de ontem, o campus da UEMS em Campo Grande também foi ocupado por cerca de 400 alunos em protesto. De acordo com participantes da manifestação, uma carta com as reivindicações e opiniões do grupo deve ser enviada à imprensa ainda hoje. Em nota, a assessoria de imprensa do campus informou que "por conta do movimento, as aulas estão temporariamente suspensas na Unidade. No entanto, as atividades administrativas regulares estão sendo realizadas sem impedimento. Também estão mantidas as atividades acadêmicas de estudante em fase de conclusão de curso, a fim de preservar o calendário de colações de grau", explica a nota.

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