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Interior

Quadrilha que matou rival em tribunal do crime pega 106 anos de cadeia

Mulher colaborou com investigações e vai cumprir sete anos em regime semiaberto

Helio de Freitas, de Dourados | 26/11/2020 15:13
Ulisses Silva Martins, o “Colt”, condenado a 22 anos de prisão (Foto: Adilson Domingos)
Ulisses Silva Martins, o “Colt”, condenado a 22 anos de prisão (Foto: Adilson Domingos)

Cinco integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foram condenados à pena somada de 106 anos pela execução de um rival da quadrilha, submetido ao chamado “tribunal do crime”. Maurício Molina Matossi, 23, foi morto em novembro de 2017 em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

O grupo foi julgado nesta quarta-feira (25) no Fórum de Dourados. Os quatro homens pegaram penas de 22 a 29,4 anos. E a única mulher condenada no grupo pegou sete anos em regime semiaberto, por colaborar com as investigações.

A maior pena foi aplicada a Emerson Nascimento Martins, o “Gibi”, 32, apontado como a liderança do PCC responsável em comandar, por telefone, o julgamento e a condenação de Maurício Matossi à morte. O rapaz dizia ser “oposição” à facção paulista e tinha participado do assassinato de um membro do PCC.

Ulisses Silva Martins, 23, o “Colt”, que executou Maurício a tiros de pistola calibre 45, pegou 22 anos de cadeia. Heliton Josuel Lara de Souza, 35, foi condenado a 25,8 anos e Max Willian da Silva Leite, 29, foi sentenciado a 22 anos, todos em regime fechado. Os dois ajudaram a atrair e a levar a vítima ao local do crime.

Gislaine Centurião Menani, 28, que dirigiu o carro até o local onde Maurício foi executado, em uma lavoura de soja na Linha do Potreirito, região leste do município de Dourados, pegou sete anos em regime semiaberto. Ela fez acordo de colaboração premiada. Elba Jaqueline Martins da Silva Barbosa, 35, foi absolvida.

Nesta semana, a 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) havia negado por unanimidade a liberdade provisória para Gislaine, que está recolhida no presídio feminino em Rio Brilhante. Com a decisão do Tribunal do Júri, ela passa para o regime semiaberto.

Com antecedentes por tráfico de drogas, Maurício era acusado de ter participado do assassinato do primo de Gislaine, Fábio da Silva Centurião, 27, o “Fabinho”. A morte de Fábio ocorreu no dia 22 de outubro de 2017 em mais um capítulo da guerra travada por facções. Maurício se declarava “oposição” ao PCC.

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