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Interior

Suspeito de cobrar cirurgia do SUS e abusar de paciente, médico para de atender

Santa Casa não informou se médico foi afastado das atividades na unidade

Clayton Neves | 18/07/2019 15:03
Fachada da Santa Casa de Corumbá, município a 419 km de Campo Grande (Foto: Diário Corumbaense
Fachada da Santa Casa de Corumbá, município a 419 km de Campo Grande (Foto: Diário Corumbaense

Desde segunda-feira (15) o médico Ricardo da Fonseca Chauvet, de 57 anos, não atende mais pacientes do Centro de Saúde da Mulher de Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande. O especialista é suspeito de ter cobrado R$ 1 mil para retirar um pólipo do útero de uma paciente internada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na maternidade da Santa Casa da cidade.

“Foi instaurado procedimento administrativo disciplinar, que se encontra na corregedoria do município, e corre em sigilo. O médico não está realizando atendimentos no Centro de Saúde da Mulher e os pacientes foram remanejados para outros especialistas”, informa nota da Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá.

Além disso, o Município informou que segue aberto desde 2016 segue aberto processo administrativo que apura denúncia de violência sexual contra Ricardo. Segundo relato da vítima, durante exame de toque o suspeito teria feito insinuações sexuais.

“O processo foi suspenso provisoriamente pela Corregedoria Geral do Município que entendeu que era se suma importância a conclusão do Inquérito Policial feito pela Polícia Civil e o fim da análise pelo Conselho Regional de Medicina relativos à denúncia. O Procedimento Administrativo Disciplinar segue sob sigilo para preservar a parte envolvida”, diz nota da Secretaria de Saúde.

Nossa equipe de reportagem tentou questionar a Santa Casa da cidade para saber se Ricardo continua trabalhando na unidade, no entanto, não conseguimos contato com o hospital. No início da semana a direção informou que havia aberto investigação interna para apurar a denúncia envolvendo o médico.

Gravação - Ricardo, que atua como prestador de serviço no hostpial, foi gravado em aúdio pela estudante de direito Kerolaine Campelo dos Santos, de 25 anos cobrando R$ 1 mil dela para retirar um pólipo do útero da paciente.

Na gravação o médico fala que pode manter a paciente internada no hospital, mas que o pagamento da cirurgia teria de ser feito “em dinheiro, sem recibo e antecipado, tá? Isso te custaria mil reais, tá? Só que isso é ilegal, tá? Mas eu tenho duas opções: ou o ilegal ou eu não faço", diz o médico.

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