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Interior

Tenente e mais 5 policiais são denunciados à Justiça Militar por espancar mulher

Corregedoria da PM que investigava a atuação dele concluiu que houve “ações delituosas de natureza militar”

Lucia Morel | 09/03/2021 16:13
Imagem de circuito interno de TV mostra agressão. (Foto: Reprodução)
Imagem de circuito interno de TV mostra agressão. (Foto: Reprodução)

O tenente da Polícia Militar, André Luiz Leonel de Andréa, acusado de espancar mulher dentro de quartel da PM de Bonito em setembro do ano passado, foi denunciado à Justiça junto com mais cinco policiais por crime militar e agora são réus. Inquérito da Corregedoria da PM que investigava a atuação dele concluiu que houve “ações delituosas de natureza militar”.

Conforme a denúncia do MP, baseada no inquérito da Corregedoria, aponta que o tenente, atualmente afastado, “ofendeu a integridade corporal da vítima (...) causando nela lesão corporal de natureza leve, bem como injuriou a vítima, ofendendo-lhe a dignidade e o decoro”.

A ação contra a mulher, uma empresária de 44 anos que estava a passeio em Bonito, foi filmada pelas câmeras de segurança da recepção do quartel, onde a violência aconteceu, aos olhos de outros policiais que se limitaram a tentar intervir na atitude de Leonel, mas que não reportaram a má conduta aos superiores.

Houve inclusive conluio para que as imagens gravadas da agressão fossem apagadas da câmera de segurança, no entanto, o policial que cuidava desse aparato não tinha meios de apagar o registro.

Dessa forma, funcionário da empresa que mantém o serviço foi chamado para proceder a eliminação das imagens, mas afirmou que não iria fazê-lo. Com isso, foi possível, em novembro de 2020, dois meses após as agressões, haver comprovação do ato ilícito do tenente que na época, era comandante do quartel de Bodoquena.

A denúncia contra o tenente foi por crimes previstos no Código Penal Militar referentes a ofensa à integridade corporal ou a saúde; injúria e cometimento de crime por motivo fútil ou torpe.

Os outros denunciados são os cabos Osvaldo Silvério da Silva Júnior e Fábio Carvalho José, além dos soldados Itamar Ribeiro de Oliveira, Rosimeire Araújo Alves e Rodrigo Ferreira Arévalo.

A acusação que pesa contra eles, principalmente, é a de omissão por terem presenciado e tido conhecimento da violência sem terem tomada atitude, já que caberia, inclusive, conforme a denúncia, dar voz de prisão ao tenente.

Outros casosLeonel é réu em processo na Auditoria Militar, referente a episódio de violência policial ocorrido em janeiro de 2020, em Bodoquena. A acusação é de infração a três artigos do CPM (Código Penal Militar), equivalentes aos crimes de ameaça, difamação e constrangimento ilegal.

Uma terceira denúncia também foi entregue à Justiça recentemente por fato ocorrido em novembro do ano passado em Bodoquena. Leonel e mais três policiais são acusados de agressão e injúria a dois jovens.

Os dois estavam em carreata de apoio a um candidato à prefeitura da cidade quando foram abordados pelo tenente, pelo sargento Cláudio Aparecido Arruda Benevides, pelo cabo Antônio Odair da Cruz e pelo soldado Luís Edilson Silva Figueiredo.

Sem motivo aparente, os jovens que estavam a pé em meio aos carros passaram a ser ofendidos pelos militares e em dado momento, a ordem foi para que um dos jovens fosse algemado, mas ele resistiu e assim passou a ser agredido com socos na barriga, além do sargento ter pisado em seu rosto.

Matéria editada às 17h33 para acréscimo de informação.

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