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Cidades

Nos últimos 45 dias, Campo Grande registrou um incêndio a cada 19 horas

Zana Zaidan | 14/11/2013 18:36

Nos últimos 45 dias, uma residência ou comércio de Campo Grande pegou fogo a cada 19 horas. Do dia 1º de outubro deste ano até hoje (14), foram 55 ocorrências de incêndios atendidas pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo o tenente-coronel Joílson de Paula, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, a situação é atípica para um mês de outubro, já que os chamados são mais freqüentes nos meses da seca.

Não há nenhum fator para aumentar a freqüência das ocorrências, e De Paula credita o cenário ao “descuido” dos proprietários dos imóveis. Entre os 22 casos de incêndio em novembro, 15 foram em residências, quatro em comércios, e um em abrigo. “As pessoas têm mania de pensar ‘comigo não vai acontecer’”, acredita o tenente-coronel dos bombeiros.

O resultado é a falta de manutenção das instalações elétricas, adiadas até que uma tragédia maior aconteça. Curtos circuitos são os maiores causadores de faíscas, que geram chamas, acrescenta de Paula.

O recomendado é que a cada cinco anos um técnico especializado verifique a fiação da casa.

Maior parte dos incêndios é causada por falta de manutenção na parte elétrica, segundo o Corpo de Bombeiros (Foto: Arquivo)
Maior parte dos incêndios é causada por falta de manutenção na parte elétrica, segundo o Corpo de Bombeiros (Foto: Arquivo)

Adaptadores – Não é raro os bombeiros se depararem com tomadas em que estão conectados diversos aparelhos domésticos. “Fica aquele amontoado de fios, da TV, do DVD, do receptor da TV a cabo. É risco na certa. Se a casa estiver sozinha, então, o imóvel pode ser inteiro destruído”, alerta.

Foi o que aconteceu no dia 16 de outubro, no Jardim Noroeste. Um aparelho de som portátil foi deixado em cima de um colchão, e esquecido ligado na tomada, causando um incêndio. O quarto foi destruído, mas ninguém ficou ferido.

Fumaça Inalada - Ontem, um incêndio de grandes proporções atingiu uma casa no bairro Lagoa Dourada, na saída para Cuiabá, e deixou duas crianças de 2 anos e uma mulher feridas. O fogo começou após um estouro no padrão do local. As vítimas não sofreram ferimentos graves, mas inalaram muita fumaça, e por isso, precisaram ser levadas para o pronto-socorro.

Outra característica comum em incêndios, conforme o tenente-coronel. “Na maioria das vezes, as chamas são controladas rapidamente, e não há vítimas de queimaduras. O que gera seqüelas é a fumaça inalada”, afirma.

Sem seguro, proprietários de loja de consertos de geladeira acumulam prejuízos "Incalculáveis" (Foto: Arquivo)
Sem seguro, proprietários de loja de consertos de geladeira acumulam prejuízos "Incalculáveis" (Foto: Arquivo)

Bitucas de cigarro – Um dos fatores de risco para causar um incêndio – bitucas de cigarro jogadas ou esquecidas acesas. A ocorrência registrada em abrigo aconteceu no asilo São João Bosco, no dia 4 de novembro. Um idoso, que cochilou com cigarro aceso, sofreu queimaduras de 2º grau, e outros que vivem no asilo precisaram ser socorridos ao inalar a fumaça.

Prejuízo – Conforme o coronel De Paula, são raros os casos em que os imóveis têm seguro contra incêndio. Quando acontece, são empresas, onde há uma necessidade maior de o patrimônio ser preservado. No dia 6, o fogo destruiu totalmente uma loja de conserto de geladeiras e eletrodomésticos em geral, no bairro Vila Célia.

As chamas começaram em dos freezer, e vizinhos ouviram uma série de explosões após o início do fogo. Os proprietários não conseguiram calcular os prejuízos, e não tinham seguro.

Quarto fica destruído depois que criança deixada sozinha em casa põe fogo em colchão (Foto: Arquivo)
Quarto fica destruído depois que criança deixada sozinha em casa põe fogo em colchão (Foto: Arquivo)

Crianças sozinhas em casa – Outra prática perigosa, segundo o De Paula. “Até os 12 anos, além de não medirem as conseqüências de brincar com fogo, não sabem como proceder em caso de incêndio”, explica.

No dia 25, uma menina de 12 anos esperou a mãe sair de casa com a irmã mais nova e, com um fósforo, colocou fogo em um colchão. Dois quartos que foram atingidos pelas chamas.

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