ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 21º

Cidades

Pequenos furtos 'tiram sono' de moradores do Aero Rancho

Redação | 07/12/2009 15:28

Pequenos furtos em residências e comércios do Jardim Aero Rancho, em Campo Grande, tem tirado o sono de moradores. Segundo eles, usuários de drogas entram nas casas e comércios e levam objetos que podem ser usados como moeda de troca em bocas de fumo.

"Não durmo bem porque tenho que ficar cuidando para ninguém invadir minha casa", diz um homem de 60 anos, dono de uma pequena mercearia, que não quis se identificar.

Ele conta que os furtos começaram há cerca de um ano, quando vários pontos de comercialização de drogas se instalaram no bairro. Mas, "de uns quatro meses pra cá tem aumentado o número de arrombamentos".

Marcos Paulo da Silva, dono de uma quitanda, diz que nunca foi alvo da ação de ladrões, mas, todos os dias fica sabendo de um algum caso. "São esses usuários de drogas", suspeita o comerciante.

Moradora do Jardim Aero Rancho há 20 anos, Cecília Gonçalves da Silva, 73 anos, diz que nos últimos meses têm sido frequente os casos de furtos no local.

Já um outro comerciante, que preferiu não se identificar, diz que atualmente o bairro está tranquilo quanto à violência e que não enxerga problema nenhum quanto à essa questão. "Não tem problema nenhum, já foi muito pior", afirma, aparentemente nervoso e com a voz bastante trêmula.

Segundo dados da Polícia Civil, foram nove furtos à residências no Jardim Aero Rancho, somente em novembro. No entanto, esse número aumenta quando se anda pelo bairro e conversa com as pessoas. Muitas não comunicam os crimes à Polícia.

Conforme os moradores, um destes usuários de droga responsáveis pelos furtos é um menino de 12 anos, conhecido como "Nério". "Esse guri parece um rato. Derruba tudo", diz uma mulher.

Outro apontado pelos moradores como autor de pequenos furtos é Paulo Henrique da Silva, 37 anos. Ele foi encontrado morto na manhã de quinta-feira (3).

Assassinato -Na versão de um dos autores do crime, um adolescente, Paulo foi morto porque fazia estes furtos. O adolescente diz que foi contratado por R$ 50 por Eriberto Freitas, 48 anos, para cuidar da casa dele e então matou Paulo.

"Eu acho que isso foi 100% ignorância. Se a gente mandar matar todo ladrão que tem, a gente está lascado. Para mim, as autoridades tem de tomar providência", disse o comerciante de 60 anos, que complementa: "As autoridades tem que tomar providência urgente. Porque, se a gente matar um criminoso, um vagabundo, é a gente que vira criminoso", afirma.

O comerciante e a moradora Cecília afirmam que Paulo tinha problemas mentais, era usuário de drogas e alcoólatra. No entanto, "nunca invadiu a casa de ninguém". "Ele furtava as coisas que tinha na rua", afirma o comerciante.

Na versão do adolescente que confessou o crime, Eriberto era comerciante. Já os moradores dizem que ele não trabalha e sobrevive dos "bicos" que a esposa faz.

Paulo Henrique teve o rosto desfigurado. "O que a gente ficou mais revoltado é que ele [Eriberto] é um velho. Planejou o crime com um adolescente. Foi fazer uma coisa dessa com um menor. Uma judiciação com o Paulo. O rosto ficou tão desfigurado que o caixão não pode ser aberto", avalia Cecília.

Nos siga no Google Notícias