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Cidades

Policiais mudam rotina em delegacia que apura morte de Paulo Magalhães

Graziela Rezende | 30/07/2013 10:54
Delegacia de Homicídios muda rotina após assassinato (Foto: Cleber Gellio)
Delegacia de Homicídios muda rotina após assassinato (Foto: Cleber Gellio)

Possível ameaça a um dos delegados envolvidos nas investigações da morte do ex-delegado Paulo Magalhães, ocorrida há pouco mais de um mês em Campo Grande, pode ser a responsável pela “nova rotina” na delegacia, localizada na avenida Ceará.

Com medo de represália, policial civil, que pediu para não ser identificado, revelou que o cuidado foi redobrado, após o local receber o inquérito policial que investiga a execução de Magalhães.

“A delegacia permanece aberta nas duas saídas, por isso sempre temos cuidado. Mas agora a atenção foi redobrada, inclusive com horário para saída, quando contamos com reforço de agentes”, afirma o policial.

Outro indício é a de que a porta de entrada da Cepol (Centro Especializado da Polícia Civil), que concentra cinco unidades especializadas, ganhou nova fechadura. Até alguns dias, tinha apenas corrente e um cadeado, por estar com a fechadura estragada.

Sobre a instalação de câmeras, que segundo informações extraoficiais teriam sido encomendadas para colocação em toda a unidade policial, o delegado Edilson Santos, da Delegacia de Homicídios, nega, bem como qualquer tipo de ameaça.

“Continuamos investigando o crime, com a solicitação de um prazo maior para averiguações e em segredo de Justiça. Nesse tempo, não recebi ameaça alguma”, garante o delegado.

Crime - Paulo Magalhães foi morto com cinco tiros no dia 25 de junho. Entre várias acusações, o delegado chegou a publicar o livro “Conspiração Federal”, no qual denunciava a instalação de câmeras clandestinas no presídio federal.
Ele também encaminhou dossiê denunciando magistrados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também ingressou com várias ações na Justiça denunciando desvio de recursos públicos.

Apesar da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública ter criado uma força-tarefa para investigar o assassinato, ninguém foi preso. Participam das investigações os delegados Wellington Oliveira, da 1ª Delegacia de Polícia, Alberto Rossi, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Assalto de Banco, Assaltos e Sequestros) e Santos, da Homicídios. O serviço de inteligência da Polícia Civil também averigua o fato.

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