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Cidades

Sem voos noturnos, rendimentos de taxistas caem 40% no aeroporto

Aliny Mary Dias | 26/09/2013 10:48
Após dois horários de pico, taxistas ficam sem trabalho no horário mais lucrativo (Foto: Cleber Gellio)
Após dois horários de pico, taxistas ficam sem trabalho no horário mais lucrativo (Foto: Cleber Gellio)

Há 25 dias sem pousos e decolagens durante a noite, o Aeroporto Internacional de Campo Grande vive os transtornos de muitos voos em pouco espaço de tempo e já causa a queda de 40% no rendimento dos taxistas que trabalham no local.

A interdição para reforma da pista tinha previsão de terminar no dia 20 de outubro deste ano. No entanto, as obras não começaram até hoje. De acordo com a estimativa da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), a obra custaria R$ 12 milhões, mas o valor saltou para R$ 13,1 milhões e ficará por conta da Anfer Construções e Comércios Ltda.

Diante da demora no início das obras e o cancelamento dos voos noturnos, os taxistas do terminal só têm reclamações e preocupações sobre o assunto.

Cassemiro da Silva tem 57 anos e diz que os profissionais vivem um momento de apreensão. “A cidade parou, o aeroporto parou. Nosso maior ganho era no período da noite porque fazíamos bandeira dois, agora perdemos mais de 40% do nosso salário”, explica o taxista.

Antes da interdição, três horários eram considerados de pico, mas o noturno sempre foi o mais esperado pelos taxistas. Entre às 8h10 e 9h, quatro voos chegam no aeroporto. Durante a tarde, entre às 13h40 e 14h30, passageiros de outros seis voos desembarcam na Capital.

Profissionais já viram salários caírem 40% (Foto: Cleber Gellio)
Profissionais já viram salários caírem 40% (Foto: Cleber Gellio)

O maior movimento de turistas e campo-grandenses, no entanto, era entre às 20h30 e 23 horas, quando oito voos pousavam no aeroporto da cidade. Agora o que resta são lamentações e idas para casa mais cedo.

“Depois que terminamos as corridas da tarde, acaba nosso movimento. Não temos o que fazer, ficamos em fila e parados aqui, fica tudo deserto e temos que ir para casa”, conta Jorge Cândido, 54 anos.

Testemunha da falta de movimento noturna e reclamações constantes de taxistas, o fiscal da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Enrico Kapobianco, conta que o descontentamento é de todos.

“Em comparação de como era antes, está muito complicado para quem vive do aeroporto. Muitos falam da indignação da pista estar interditada sem o início das obras”.

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