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Cidades

Tratamento precoce da gripe é solução para evitar morte, diz secretário

Nyelder Rodrigues e Leandro Abreu | 01/06/2016 20:27

Em apenas cinco meses, Mato Grosso do Sul quebrou o recorde de mortes por Gripe A registradas no ano, com 32 casos já confirmados. Diante dessa situação, autoridades em saúde pública já tomam medidas para evitar que mais pessoas sejam infectadas. Aos já atingidos, a recomendação é que o tratamento inicie-se o mais rápido possível.

"Estamos muito preocupados com esse número de óbitos, que reflete mais que o aumento da infecção. As mortes não estão relacionadas diretamente ao aumento do número de casos, e sim à gravidade da doença", opina o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, destacando também a importância da prevenção e vacinação.

Para o secretário, a precocidade do tratamento é fundamental para evitar que haja mais mortes, pois quanto mais cedo ele é iniciado, menor a chance da situação se evoluir e agravar.

"É isso que vai acabar com as mortes no Mato Grosso do Sul, isso que tem que mudar", diz Tavares, afirmando que os municípios devem se reforçar nessa questão. "Os postos devem estar preparados para identificar e dar prioridade para esses atendimentos, principalmente para quem for do grupo de risco", avalia.

Além disso, o secretário recomenda que as pessoas que tiverem problemas respiratórios relacionados a estado gripal, como falta de ar, associado a dor no tórax, procure o serviço de saúde para que, justamente, o tratamento seja iniciado precocemente, barrando uma evolução do quadro, seja de Influenza A H1N1, H3N2 ou B.

"Não pode ter pânico. Não é um surto, não é epidemia. É apenas a questão da precocidade no tratamento. Tem Tamiflu [medicamento usado no tratamento da Gripe A] para todos. Só precisa dar uma atenção especial", destaca Nelson Tavares.

Medidas na Capital - Em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) tomou providências para evitar o aumento de casos, com a publicações de resoluções no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) para prevenir e controlar os casos da cidade.

"Foi publicado um manual de prevenção de H1N1, com recomendações de conduta em lugares públicos. Existe também um informe técnico sobre a síndrome aguda respiratória", explica o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca.

A publicação das resoluções, acredita Fonseca, é uma iniciativa inédita no Estado, já que ainda não viu algo semelhante em outros municípios. "Nos próximos dias organizaremos algumas operações em diversos lugares, com panfletagens para conscientização da população", reforça Ivandro.

O chefe da Sesau ainda diz que a intenção é fazer com que estas ações atendem todas as regiões de Campo Grande, e assim as intervenções estão sendo organizadas para atingir o objetivo final, que é colocar em prática as resoluções publicadas.

Já sobre o estoque de Tamiflu, Ivandro Fonseca afirmou que a distribuição está normalizada em Campo Grande. Quanto a questão do sumiço de vacinas, ele voltou a frisar que foi aberta sindicância e que em 30 dias a comissão que apura a situação vai elaborar um relatório sobre a situação.

Gripe A - A doença foi detectada em 2009 em uma epidemia ocorrida no México, sendo monitorada desde então. Apenas nesta sete mortes foram confirmadas em Mato Grosso do Sul pela SES em boletim epidemiológico. Os 32 casos superaram os 29 registrados em 2014, até então, o ano com maior número de óbitos confirmados em decorrência do Influenza A.

Atualmente, já 422 pessoas confirmaram ter a doença no Estado, sendo 114 em Campo Grande. Outros 615 pacientes ainda aguardam o resultado dos exames realizados no Lacen (Laboratório Central) - 172 são da Capital.

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