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Em Pauta

Crise imobiliária: estoques elevados e velocidade de comercialização reduzida.

Mário Sérgio Lorenzetto | 10/03/2015 08:28
Crise imobiliária: estoques elevados e velocidade de comercialização reduzida.

Estoques elevados de imóveis e velocidade de comercialização reduzida. Piora o setor imobiliário

O mercado está percebendo que o setor imobiliário piorou neste ano. Ajustes anunciados pelo governo federal, perspectiva de aumento do desemprego, aumento do custo do financiamento e queda da confiança do consumidor. O agravamento do cenário é somado aos estoques elevados de imóveis e à velocidade de comercialização reduzida.

O mercado espera que este seja mais um ano de retração de lançamentos e vendas das incorporadoras. Entendem que é preciso haver um corte profundo nos lançamentos de 2015 se o setor quiser ajustar a relação entre estoques e venda; no ano passado houve queda de, aproximadamente, 12% nas vendas no Brasil. Há expectativa de queda real de preços dos imóveis, ou seja, de algum índice abaixo da inflação. Outra avaliação é que os preços pedidos e propagandeados podem não cair, mas ocorreria uma redução no momento de fechar os negócios.

Várias incorporadoras têm lançado mão de descontos para comercializar, principalmente, imóveis prontos. Buscam geração de caixa, necessitam de dinheiro e de reduzir despesas de manutenção de imóveis. Todavia, há quem diga que as incorporadoras tendem a preferir abatimentos a serem discutidos, caso a caso, com os clientes, para evitar a banalização das vendas que redundarão em novas quedas de preços. A agressividade dos descontos dependerá do quanto cada incorporadora precisa gerar de caixa. Aproxima-se a hora de comprar seu imóvel a preço muito melhor que o praticado nos anos anteriores. Mas, onde encontrar dinheiro fácil e barato?

Crise imobiliária: estoques elevados e velocidade de comercialização reduzida.
Crise imobiliária: estoques elevados e velocidade de comercialização reduzida.

A escrita surgiu na humanidade para registrar negócios

Na antiga Mesopotâmia, uma fértil região do Oriente Médio, há cerca de 5.000 anos, as pessoas começaram a usar "fichas" de argila para registrar transações que envolvessem produtos do campo, como a cevada ou a lã. Anéis, blocos ou placas feitas de prata serviam como dinheiro, do mesmo modo que os grãos. Todavia, as tábuas de argila eram igualmente importantes, e provavelmente mais ainda. Muitas tábuas de argila sobreviveram, lembranças de que, quando os seres humanos começaram a produzir registros escritos de suas atividades, eles o fizeram não para escrever história, poesia ou filosofia, mas para fazer negócios.

Uma dessas tábuas de argila especialmente bem preservada, da cidade de Sippar (atualmente Tell Abu Habbah, no Iraque), data do reinado de Ammi-ditana (em torno de dois mil anos antes de Cristo), e declara que seu portador deve receber uma quantia específica de cevada na época da colheita. Outra ficha, tão bem conservada como a primeira, que foi escrita no reinado de Ammi-saduqa (sucessor de Ammi-ditana), ordena que o portador deveria receber uma quantidade de prata no final de uma jornada.

O costume passou pelos séculos. Até hoje, uma nota usada pela Inglaterra ainda diz: " Eu prometo pagar ao portador, sob demanda, a soma de ...". As notas bancárias (como as moedas) surgiram na China no século VII; são peças de papel que não têm quase nenhum valor intrínseco. São simplesmente promessas de pagamento (de onde vêm sua designação original no Ocidente, como "notas promissórias", notas de promessas), exatamente como as tábuas de argila da Mesopotâmia. "In God We Trust" (Em Deus Nós Confiamos) está escrito nas costas das notas de 10 dólares. Confiam mesmo é nos homens e mulheres que sucederam o homem que está na frente da nota de 10 dólares - Alexander Hamilton, o primeiro secretário do Tesouro. Quando um norte americano troca seus bens ou seu trabalho por um punhado de papel chamado de dólar, ele está essencialmente confiando que o presidente do FED, o Banco Central dos EUA, não fabricará tantas dessas notas que elas terminarão por valer nada mais do que o papel e a tinta que foram gastas para sua impressão. O mesmo fenômeno monetário se dá no Brasil. Quando aceitamos uma nota de R$ 2, estamos acreditando que Alexandre Antônio Tombini, presidente do Banco Central, não nos dará um tombo mandando imprimir na Casa da Moeda um imenso número dessas cédulas. A argila se fez papel.

Crise imobiliária: estoques elevados e velocidade de comercialização reduzida.
Crise imobiliária: estoques elevados e velocidade de comercialização reduzida.

Tóquio é o modelo de segurança para sonhar

Nessa metrópole, que acaba de receber o título de "mais segura do mundo", o bom funcionamento dos serviços urbanos e da segurança surpreendem até o mais viajado dos turistas. A cidade conta com policiais que, por causa da baixíssima criminalidade, gastam mais de seu tempo dando informações turísticas do que caçando bandidos. A tecnologia está na linha de frente no que tange à segurança de seus cidadãos e turistas. Câmeras por todos os lados, conectadas a centrais que analisam 24 horas por dia todos os movimentos suspeitos. E em caso de algo que desconfiem, emitem ordens para os policiais correrem até o local e resolverem o problema. A capital japonesa é a metrópole mais segura, graças a seu alto desenvolvimento em segurança digital. O conceito de inteligência preventiva está alastrado em todas suas avenidas e ruelas. Retiraram a pancadaria típica das polícias dos países subdesenvolvidos e colocaram a prevenção e a informatização em seu lugar.

Crise imobiliária: estoques elevados e velocidade de comercialização reduzida.
Crise imobiliária: estoques elevados e velocidade de comercialização reduzida.

O Japão resolveu o problema da transferência de inválidos da cama para a cadeira de rodas

Batizado de Robear, o Instituto de Pesquisa Química e Física do Japão (Riken) apresentou o seu novo robô que foi criado para auxiliar nos trabalhos de enfermagem. O Robear retira o paciente do leito, carregando-o no colo e o transfere para a cadeira de rodas e vice-versa. Ele é a terceira geração de robôs para esse tipo de trabalho. Em comparação com os dois mais novos, denominados de Riba I e II, o Robear consegue abraçar e remover o paciente sentado de frente para ele. Seus antecessores só conseguiam abraçar a pessoa quando ela estava de lado.

O Japão enfrenta o problema do envelhecimento da população e da falta de mão de obra no suporte à enfermagem com tecnologia de ponta. Também resolve o problema das pessoas que realizam essa transferência da cama para a cadeira de rodas que costumeiramente sofrem com dores lombares em consequência do peso do paciente a ser transportado. O Robear é dotado de sensores visuais e táteis, a sua sensibilidade é equivalente à pele humana, fator importante para garantir a suavidade e a segurança quando em contato com as pessoas. O Instituto não informou a partir de quando será comercializado e nem o seu preço.

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