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Em Pauta

Palestina, onde a vida é igual a morte

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/05/2018 09:40
Palestina, onde a vida é igual a morte

Em Gaza, a vida se parece muito com a morte, por isso, não temem perdê-la. Não há futuro. Israel parece estar acima das leis internacionais. Ninguém lhe cobra responsabilidade por abrir fogo contra civis desarmados.
Depois de três conflitos que levaram a nada, o povo de Gaza está cansado de guerra. Mas nada há a fazer além das eternas guerras contra israelenses. A taxa de desemprego é de assombrosos 44%, a mais elevada do planeta, segundo o Banco Mundial. Nada menos de 80% de seus milhões de habitantes depende da ajuda internacional para sobreviver em condições miseráveis. E pior, estão presos em seu território. Não podem dele sair em busca de outra vida. Em Gaza, o lema não é "matar ou morrer", só lhes resta "morrer ou morrer". Já são 107 mortos e mais de 10.000 feridos.

Palestina, onde a vida é igual a morte

Era uma vez um centro da inteligência mundial...

No século VIII, a cidade de Bagdá, capital do Iraque, alcançou proeminência como o maior centro de aprendizagem da Terra. Acolhia todas as religiões, ciências e filosofias em suas universidades e bibliotecas. Durante os seguintes 500 anos, o fluxo de inovações científicas que a cidade produziu foi diferente de tudo que o mundo tinha visto, e sua diferença é sentida até hoje, na cultura moderna.
O céu cheio de estrelas recebeu localização e nomes. Vega, Betelgeuse, Algebar, Deneb, Acrab, Kitalpha... todos esses nomes, e muitos mais, derivam desse esplendor de Bagdá. Acreditem, mais de dois terços das estrelas que conhecemos foram conhecidas, e nominadas, nessa época. Foram descobertas por seus astrônomos.
E, claro, se quisermos contar essas estrelas utilizaremos 1,2,3,4,,5... números árabes.
E há muitas outras descobertas e invenções desse período de Bagdá. Lembram- se do que é Álgebra, equações que todos usamos com muitas variáveis? E a ultra moderna Algoritmo? E Azimute? Zênite, Alquimia, Química, Cifra, Elixir, Àlcool, Alcalino... É trágico perceber que a imensa maioria dos brasileiros visualizem Bagdá apenas como uma daquelas cidades poeirentas do Oriente Médio, devastadas pela guerra, sem saber que ela já foi o centro do progresso científico da humanidade e da união de povos que professavam religiões diferentes. Acolhia com carinho refugiados e perseguidos,do mundo todo, inclusive os que professavam o judaísmo.
No fim do século XI, as maiores explorações e estudos da face da Terra aconteciam em Bagdá. Então, quase do dia para a noite, isso mudou. Um estudioso chamado Hamid al- Ghazali, considerado um dos muçulmanos mais influentes da história, escreveu uma série de textos persuasivos questionando a lógica de Platão e Aristóteles e declarando que a matemática era a "filosofia do Diabo". Al-Ghazali solapou o pensamento cientifico. Destruiu a concórdia entre povos e religiões que existia em Bagdá. Todos passaram a estudar somente teologia e o pensamento cientifico desmoronou.
Essa não é uma história das mil e uma noites. Essa também é a nossa possível história futura. Um país de um só pensamento está fadado à poeira nos cérebros.

Palestina, onde a vida é igual a morte

As mães mais incríveis da natureza.

A natureza das mães é um dos melhores casos de solidariedade e altruísmo. Chegam ao ponto de se suicidar em prol de seus filhos. A fêmea de um polvo - "Graneledone boreopacifica" - protege seus ovos durante 53 meses (o período de incubação mais longo registrado). Possibilitando o crescimento dos filhos, aumentam as chances de serem devorados por predadores. Assim que os ovos eclodem, a mãe-polvo morre exausta. Outras mães dão um passo além. São comidas pelas crias. "Diaea ergandros", uma espécie de aranha, provisiona suas crias com a própria carne. As crias comem a mãe e crescem mais fortes e maiores. As mães, por seus filhos, matam e se deixam matar.

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