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Em Pauta

Votamos o projeto para tirar poderes da Funai ou obstruímos a pauta da Câmara

Mário Sérgio Lorenzetto | 11/10/2013 08:37
Votamos o projeto para tirar poderes da Funai ou obstruímos a pauta da Câmara

Bancada ruralista...

O Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo teve de ir à Câmara Federal acompanhado pelo Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams, e o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Reuniram-se na presidência daquela Casa de Leis. O encontro foi uma resposta à bancada ruralista, que ameaçava obstruir e havia começado, todas as votações na Câmara enquanto não fosse instalada a comissão que discutirá a PEC-215, que retira os poderes da Funai sobre a demarcação de terras e transfere para o Congresso.

O Ministro afirmou que a PEC 215 não será instalada, porque a tentativa levou a protestos dos índios pelo país há uma semana. Cardozo prometeu publicar em “mais ou menos” 15 dias a portaria que muda as regras para demarcação das terras indígenas.

Em abril, a Ministra Gleisi Hoffmann afirmou em audiência pública que o governo editaria portaria que retirava os poderes da Funai. O Ministro da Justiça só prometeu os “mais ou menos” de 15 dias, sem todavia, explicar o conteúdo da futura, quem sabe, talvez, portaria.

Parte da bancada ruralista mostrou-se desconfiada da promessa do Ministro. Eles negociam desde fevereiro a instalação da PEC-215 e, há anos, a mudança na demarcação, mas até agora as negociações não avançaram.

A única questão que causa estranheza é a notícia da Câmara Federal afirmando que: “parte da bancada ruralista mostrou-se desconfiada...”. Então tem outra parte que acreditou na promessa do Ministro? Gostaria de apresentá-los ao Papai Noel.

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Frango não tem hormônio...

Quem garante que os frangos não recebem hormônio para crescer é o Alfredo Navarro de Andrade – PhD pela Purdue University de Indiana (USA). Essa universidade tem o segundo maior corpo de estudantes estrangeiros nos Estados Unidos, sendo especializada em ciências, engenharia e tecnologias. Bem, o que o Alfredo afirma é uma novidade. Ele garante que a avicultura como cadeia alimentar lutou muito para oferece, nas prateleiras dos supermercados produtos da melhor qualidade com o menor custo possível, e, constantemente se vê vítima de afirmações daqueles que não sabem diferenciar ciência de ficção. “Não viram o último Programa do Jô que afirmou que as meninas estão menstruando mais cedo porque estão comendo frango?”

Aos leigos pode parecer obra de alguma pílula mágica que possibilitou o incrível ganho tecnológico conseguido nos frangos pela conjugação de inúmeros fatores tais como: cuidados sanitários, nutrição, melhoramento genético e melhoria das condições ambientais, afirma o Alfredo.

O Barão sabia das coisas...

Ele também diz que no passado o frango era tão caro que levou o “Barão de Itararé” (famoso humorista) a dizer que: “Galinha custa tão caro que pobre só come quando um dos dois está doente”. O Alfredo conta que existem produtores que afirmam que seus frangos estão “Livres de Hormônios”. A declaração não é mentirosa, pois hormônios não são usados nas criações de aves. O consumidor, no entanto, é levado a crer que o outro frango que não traz essa inscrição tenha hormônio. Alfredo explica que não existe uma razão lógica para qualquer produtor adicionar hormônios nas rações dos frangos.

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Pintinhos do bem!

Os incríveis ganhos de produtividade obtidos por meio de melhoramento genético e melhorias gerais no manejo das criações dispensam qualquer tipo de estímulo. Por último, o Alfredo diz que a avicultura não usa hormônios porque é boazinha. Ela não usa hormônios simplesmente porque eles não funcionam para aves. De acordo com ele os hormônios não são eficientes, administrá-los seria extremamente difícil (seria com injeção intravenosa) e o uso teria um custo elevadíssimo. Quem não acreditar telefone para o Alfredo.

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Quem é o maior empregador do mundo?

Segundo levantamento da rede de televisão britânica – BBC – o maior empregador do mundo é o Departamento de Defesa dos EUA. Responsável por supervisionar as forças armadas norte-americanas, este departamento emprega 3,2 milhões de pessoas, entre militares e civis. De cada 100 norte americanos, pelo menos um está na folha de pagamento do órgão que tem seu quartel general no Pentágono, no Estado da Virgínia. Como os EUA aboliram o serviço militar obrigatório em 1973, os soldados se alistam voluntariamente e recebem salário como qualquer funcionário.

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Navios – os negócios invisíveis que existem!

Quando entrar em um ônibus, repare que quase tudo que vê passa por um navio. O iPhone do adolescente, a camisa chinesa do rapaz, a bijuteria da moça, até os circuitos eletrônicos que comandam o ônibus chegam até nós em viagens de navios. A jornalista britânica Rose George conseguiu uma rara autorização – embarcar em um navio de cargas da maior empresa de navegação do mundo, a dinamarquesa Maersk. Ela faz vendas que correspondem a 20% do PIB (Produto Interno Bruto) de seu país. Seu faturamento é quase igual ao da Microsoft. A Maersk colocou no mar, em agosto e logo em seguida, em setembro, dois navios que são os maiores do mundo. Brevemente lançará outros 18.

Rose George diz que os contêineres são um dos maiores, e mais desconhecidos, negócios do planeta. Ela diz que a invisibilidade é bem conveniente para lidar com os problemas ambientais e trabalhistas causados pelos navios. A jornalista diz que poucos negócios são tão descaradamente opacos como o dos navios.

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Títulos que envergonham!

Ela cita: essa é uma indústria bastante poluidora. Sozinha a Maersk responde por 0,1% de toda a emissão global de gás carbônico. Imaginem quanto teremos quando somarem a totalidade dos navios do mundo.

Rose George afirma que dois mil marujos morrem por ano no mar e mais de dois navios são perdidos por semana. Um ótimo prefeito para o século XXI!

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“Oceanos de ninguém”!

As águas internacionais são a verdadeira “terra de ninguém”. Em 2010, 544 marujos foram sequestrados por piratas somalis. Atualmente, existem 100 reféns nessa situação. Mandar algo por navio é tão barato que faz mais sentido enviar bacalhau da Escócia para ser cortado na China – 16 mil km de distância – e voltar, do que pagar um escocês para fazê-lo. No Mato Grosso do Sul as viagens de grandes barcos com turistas são cercadas por muitos produtos contrabandeados. E as enormes frotas das embarcações denominadas “chatas”, quem as fiscaliza? Ao que consta a Marinha verifica apenas as condições de navegabilidade e não a mercadoria que está sendo levada.

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Um dia por ano, todo e qualquer crime é permitido...

Steven Spielberg havia afirmado que algo de ruim viria a acontecer em Hollywood com as superproduções com orçamentos acima de US$ 100 milhões. Ele afirmou que ocorreria uma ruptura, uma grande implosão quando três, quatro, talvez meia dúzia de megaproduções dessem errado, e isso mudaria o paradigma.

E ele acertou. Um a um foram derrotados pela falta de público. Começou com “O Ataque”, a conta ficou negativa. Continuou com Johnny Deep e seus trejeitos exagerados no “O Cavaleiro Solitário” e finalizou com a ficção científica “Depois da Terra”. Muitos bolsos esvaziaram na indústria cinematográfica neste ano. Mas outros encheram de dinheiro.

Filmes com orçamento mediano. Feitos com menos de US$ 100 milhões. Alguns dobraram ou triplicaram o valor investido somente com o mercado norte americano.

É o fim!

Uma dessas produções com valores medianos foi o “É o Fim” que conta a história de um grupo de comediantes presos em uma casa durante o que parece ser o apocalipse. Deu certo, com US$32 milhões bancados pela Sony, o filme fez quase US$100 milhões só nos EUA. Melissa McCarthy ficou famosa em uma série. Em 2011 no “Missão Madrinha de Casamento” foi a comédia mais lucrativa do ano. No início de 2013 em “Uma Ladra sem Limites”, estrelado com Jason Bateman, faturou alto. A rainha atual do escracho ajudou Sandra Bullock a obter a melhoria bilheteria de estréia no “As Bem Armadas”.

O suspense também mostrou sua rentabilidade. “Uma Noite de Crime”, tornou-se o filme mais rentável no verão norte americano nos últimos 25 anos. Custou US$ 3 milhões e já bateu US$ 80 milhões. Na trama do filme, o governo combate o alto índice de violência ao estabelecer que, em um dia por ano, todo e qualquer crime é permitido.

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