Votamos o projeto para tirar poderes da Funai ou obstruímos a pauta da Câmara
Bancada ruralista...
O Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo teve de ir à Câmara Federal acompanhado pelo Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams, e o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Reuniram-se na presidência daquela Casa de Leis. O encontro foi uma resposta à bancada ruralista, que ameaçava obstruir e havia começado, todas as votações na Câmara enquanto não fosse instalada a comissão que discutirá a PEC-215, que retira os poderes da Funai sobre a demarcação de terras e transfere para o Congresso.
O Ministro afirmou que a PEC 215 não será instalada, porque a tentativa levou a protestos dos índios pelo país há uma semana. Cardozo prometeu publicar em “mais ou menos” 15 dias a portaria que muda as regras para demarcação das terras indígenas.
Em abril, a Ministra Gleisi Hoffmann afirmou em audiência pública que o governo editaria portaria que retirava os poderes da Funai. O Ministro da Justiça só prometeu os “mais ou menos” de 15 dias, sem todavia, explicar o conteúdo da futura, quem sabe, talvez, portaria.
Parte da bancada ruralista mostrou-se desconfiada da promessa do Ministro. Eles negociam desde fevereiro a instalação da PEC-215 e, há anos, a mudança na demarcação, mas até agora as negociações não avançaram.
A única questão que causa estranheza é a notícia da Câmara Federal afirmando que: “parte da bancada ruralista mostrou-se desconfiada...”. Então tem outra parte que acreditou na promessa do Ministro? Gostaria de apresentá-los ao Papai Noel.
Frango não tem hormônio...
Quem garante que os frangos não recebem hormônio para crescer é o Alfredo Navarro de Andrade – PhD pela Purdue University de Indiana (USA). Essa universidade tem o segundo maior corpo de estudantes estrangeiros nos Estados Unidos, sendo especializada em ciências, engenharia e tecnologias. Bem, o que o Alfredo afirma é uma novidade. Ele garante que a avicultura como cadeia alimentar lutou muito para oferece, nas prateleiras dos supermercados produtos da melhor qualidade com o menor custo possível, e, constantemente se vê vítima de afirmações daqueles que não sabem diferenciar ciência de ficção. “Não viram o último Programa do Jô que afirmou que as meninas estão menstruando mais cedo porque estão comendo frango?”
Aos leigos pode parecer obra de alguma pílula mágica que possibilitou o incrível ganho tecnológico conseguido nos frangos pela conjugação de inúmeros fatores tais como: cuidados sanitários, nutrição, melhoramento genético e melhoria das condições ambientais, afirma o Alfredo.
O Barão sabia das coisas...
Ele também diz que no passado o frango era tão caro que levou o “Barão de Itararé” (famoso humorista) a dizer que: “Galinha custa tão caro que pobre só come quando um dos dois está doente”. O Alfredo conta que existem produtores que afirmam que seus frangos estão “Livres de Hormônios”. A declaração não é mentirosa, pois hormônios não são usados nas criações de aves. O consumidor, no entanto, é levado a crer que o outro frango que não traz essa inscrição tenha hormônio. Alfredo explica que não existe uma razão lógica para qualquer produtor adicionar hormônios nas rações dos frangos.
Pintinhos do bem!
Os incríveis ganhos de produtividade obtidos por meio de melhoramento genético e melhorias gerais no manejo das criações dispensam qualquer tipo de estímulo. Por último, o Alfredo diz que a avicultura não usa hormônios porque é boazinha. Ela não usa hormônios simplesmente porque eles não funcionam para aves. De acordo com ele os hormônios não são eficientes, administrá-los seria extremamente difícil (seria com injeção intravenosa) e o uso teria um custo elevadíssimo. Quem não acreditar telefone para o Alfredo.
Quem é o maior empregador do mundo?
Segundo levantamento da rede de televisão britânica – BBC – o maior empregador do mundo é o Departamento de Defesa dos EUA. Responsável por supervisionar as forças armadas norte-americanas, este departamento emprega 3,2 milhões de pessoas, entre militares e civis. De cada 100 norte americanos, pelo menos um está na folha de pagamento do órgão que tem seu quartel general no Pentágono, no Estado da Virgínia. Como os EUA aboliram o serviço militar obrigatório em 1973, os soldados se alistam voluntariamente e recebem salário como qualquer funcionário.
Navios – os negócios invisíveis que existem!
Quando entrar em um ônibus, repare que quase tudo que vê passa por um navio. O iPhone do adolescente, a camisa chinesa do rapaz, a bijuteria da moça, até os circuitos eletrônicos que comandam o ônibus chegam até nós em viagens de navios. A jornalista britânica Rose George conseguiu uma rara autorização – embarcar em um navio de cargas da maior empresa de navegação do mundo, a dinamarquesa Maersk. Ela faz vendas que correspondem a 20% do PIB (Produto Interno Bruto) de seu país. Seu faturamento é quase igual ao da Microsoft. A Maersk colocou no mar, em agosto e logo em seguida, em setembro, dois navios que são os maiores do mundo. Brevemente lançará outros 18.
Rose George diz que os contêineres são um dos maiores, e mais desconhecidos, negócios do planeta. Ela diz que a invisibilidade é bem conveniente para lidar com os problemas ambientais e trabalhistas causados pelos navios. A jornalista diz que poucos negócios são tão descaradamente opacos como o dos navios.
Títulos que envergonham!
Ela cita: essa é uma indústria bastante poluidora. Sozinha a Maersk responde por 0,1% de toda a emissão global de gás carbônico. Imaginem quanto teremos quando somarem a totalidade dos navios do mundo.
Rose George afirma que dois mil marujos morrem por ano no mar e mais de dois navios são perdidos por semana. Um ótimo prefeito para o século XXI!
“Oceanos de ninguém”!
As águas internacionais são a verdadeira “terra de ninguém”. Em 2010, 544 marujos foram sequestrados por piratas somalis. Atualmente, existem 100 reféns nessa situação. Mandar algo por navio é tão barato que faz mais sentido enviar bacalhau da Escócia para ser cortado na China – 16 mil km de distância – e voltar, do que pagar um escocês para fazê-lo. No Mato Grosso do Sul as viagens de grandes barcos com turistas são cercadas por muitos produtos contrabandeados. E as enormes frotas das embarcações denominadas “chatas”, quem as fiscaliza? Ao que consta a Marinha verifica apenas as condições de navegabilidade e não a mercadoria que está sendo levada.
Um dia por ano, todo e qualquer crime é permitido...
Steven Spielberg havia afirmado que algo de ruim viria a acontecer em Hollywood com as superproduções com orçamentos acima de US$ 100 milhões. Ele afirmou que ocorreria uma ruptura, uma grande implosão quando três, quatro, talvez meia dúzia de megaproduções dessem errado, e isso mudaria o paradigma.
E ele acertou. Um a um foram derrotados pela falta de público. Começou com “O Ataque”, a conta ficou negativa. Continuou com Johnny Deep e seus trejeitos exagerados no “O Cavaleiro Solitário” e finalizou com a ficção científica “Depois da Terra”. Muitos bolsos esvaziaram na indústria cinematográfica neste ano. Mas outros encheram de dinheiro.
Filmes com orçamento mediano. Feitos com menos de US$ 100 milhões. Alguns dobraram ou triplicaram o valor investido somente com o mercado norte americano.
É o fim!
Uma dessas produções com valores medianos foi o “É o Fim” que conta a história de um grupo de comediantes presos em uma casa durante o que parece ser o apocalipse. Deu certo, com US$32 milhões bancados pela Sony, o filme fez quase US$100 milhões só nos EUA. Melissa McCarthy ficou famosa em uma série. Em 2011 no “Missão Madrinha de Casamento” foi a comédia mais lucrativa do ano. No início de 2013 em “Uma Ladra sem Limites”, estrelado com Jason Bateman, faturou alto. A rainha atual do escracho ajudou Sandra Bullock a obter a melhoria bilheteria de estréia no “As Bem Armadas”.
O suspense também mostrou sua rentabilidade. “Uma Noite de Crime”, tornou-se o filme mais rentável no verão norte americano nos últimos 25 anos. Custou US$ 3 milhões e já bateu US$ 80 milhões. Na trama do filme, o governo combate o alto índice de violência ao estabelecer que, em um dia por ano, todo e qualquer crime é permitido.
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