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De olho na TV

De Olho na TV

Reinaldo Rosa | 17/09/2012 06:15

PATINHO FEIO – Em São Paulo, quando um foca era admitido, seu primeiro setor de trabalho era o turfe; com mais experiência, página policial, assim por diante. Na TV Morena, o início é a previsão do tempo e, em seguida, o esporte local no Globo Esporte. Não que Camila Dib e equipe sejam principiantes, muito pelo contrário. É que o pífio esporte local, e certo dirigente torna esse noticioso verdadeira mala sem alça.

REBELDES SEM CAUSA – Tanto na televisão quanto em jornais impressos, o redator, invariavelmente, inicia a pauta com atleta do estado; jogador campo-grandense, etc. – pra ‘segurar’ o leitor - para somente depois citá-lo nominalmente.

REPÓRTERES INVESTIGATIVOS – Impressionou a repercussão na mídia –de todos os tipos e matizes-, a troca de apoio (a Fernando Hadad, em Sampa) por uma boquinha de Marta Suplicy, no Ministério da Educação. Graças aos colegas de grandes centros, a árdua investigação mostrou que há troca-troca entre Poderes no país.

PALAVRAS AO VENTO – Candidatos em campanha prometiam baixar IPTU; preços mais democráticos (pra quem?) nos transportes coletivos; reivindicar, junto à presidência da República, por energia elétrica mais barata, etc, etc. Bastou a presidente Dilma Rousseff anunciar redução nos valores cobrados pelas concessionárias, para aqueles mesmos dirigentes promoverem caravana à Brasília, reclamando futura baixa na arrecadação do ICMS.

FILHOS DA PAUTA – Atendo a uma sugesta de pauta feita por um editor de telejornal local. Propaganda oficial contou em prosa e verso benfeitorias que o usuário do transporte coletivo, da capital, vai obter com a nova licitação de um bilhãozinho e 800 milhões de reais. O que mais chama a atenção (minha, em particular) é que haverá aumento da frota, "que passará dos atuais 585 ônibus para 600 veículos". Graças a Deus e aos 15 carros; durante trinta anos não teremos mais ônibus lotado. Nem nos horários de pico.

EQUAÇÃO LICITATÓRIA – Quando 600 equivale a seis? 585 por 600 igual a seis por meia dúzia.

O JOIO E O TRIGO – Depois de encher o saco do, então prefeito, André Puccinelli, nos tempos de Câmara Municipal e, agora, na Assembleia Legislativa), o deputado estadual Marquinhos Trad gravou para o horário político de seu partido. "A cidade está uma beleza graças à administração municipal nos últimos oito anos", frisou bem, realçando a administração do mano Nelson e ignorando solenemente a do atual governador do PMDB quando prefeito.

JOAQUIN BARBOSA DE SAIAS – A juíza eleitoral Elisabeth Rosa (nada a ver com o titular da coluna) demonstra que ocupa o cargo com base na competência, conhecimento e probidade. Sabe interpretar a alma humana e detectar vestígios de malandragens e vícios em colocações de palavras em questionamentos capciosos.

PESQUISA AVENIDA BRASIL – Segundo pesquisa realizada entre mil opinadores, segundo a atriz Nathália Dill, o casal Débora e Iran, de Avenida Brasil, da Rede Globo, obteve 90% de aprovação para os espectadores da trama. Essa pesquisa ninguém tasca. Podem repercutir colegas. A juíza não proibiu nada nem constatou vícios tendenciosos em sua elaboração.

PIADA – Deu no MSTV 2ª Edição: Marcos Anelo noticiou que "índios são obrigados a desocupar terras de fazendeiros". A informação foi seguida do apelo "mais detalhes no site da TV Morena". É de se supor que os indígenas, os mais interessados no assunto, já tenham internet banda larga em seus computadores nas ocas existentes na região enfocada.

RADIOATIVIDADE

CENSURA CENSURÁVEL – Bem que a Associação de Rádio poderia impetrar algum tipo de mandado proibindo o uso da palavra rádio pelas atuais siglas disputantes. É um nome – e atividade - que merece respeito e não pode ser usado para veiculação de certas barbaridades, que têm fim puramente eleitorais. Proibir o conteúdo (dos coordenadores de campanha), nunca; apenas preservar o santo nome deste velho e sempre atuante veículo.

CORDÃO UMBELICAL DESLIGADO – Não teve como evitar ouvir candidato afirmar ter feito "reuniões com o Senai, com o Sesi, com a Fiems" como se fossem órgãos separados. Só faltou "reuniões com o IEL".

HERÓIS DA RESISTÊNCIA – Houve época em que, para fazer radiojornalismo, profissionais precisaram comprar horário – literalmente - em emissoras locais. Graças a estes jornalistas a atração prosperou de tal forma que os proprietários passaram a ‘chocar’ os ovos de ouro que surgia. Atualmente, sete emissoras têm seus noticiários. Só falta os detentores da concessão (oficial) continuar acreditando nos resultados desta atração e aplicar-lhe maior atenção.

CAVALO ENCILHADO – Setores de comunicação da capital não perdem oportunidade de lembrar das colônias – e representantes - de diversos países existentes na capital. É uma parcela de pessoas que compram, vendem (principalmente), são ávidos por informação e, nenhum dos noticiosos radiofônicos (ou televisivos) lhes abre espaço ou inclusão no direito à comunicação.

DORMINDO DE TOUCA – A derrocada da economia da Europa – com realce para Espanha, Portugal e França; a carnificina na Síria; guerra no Líbano; atual revolta de mulçumanos com filme de final infeliz contra Estados Unidos. Pequena pauta de interesse de grande parcela de habitantes de Campo Grande, que ficam à margem da comunicação social de plantão.

ESPAÇO E VISÃO CURTOS – Está comprovado: uma hora é pouco tempo para um radiojornalismo responsável. Além do noticioso internacional tem que se abrir espaço para cultura (regional e nacional); turismo (interno e externo); esporte nacional e mundial; trânsito (ao vivo para ajudar motoristas que seguem para o trabalho e dondocas que param em filas duplas nas escolas) etc. Menos entrevistas, por Deus. Invariavelmente são inócuas.

VOZES DO ALÉM – São sugestões de pautas e todas, sem exceção, casadas com rentável retorno comercial, tão ao gosto dos donos de emissoras de rádio da capital. O que, certamente, possibilitaria o aproveitamento de novos profissionais que cursos de comunicação têm esparramado pela cidade a cada ano. Ou será mais cômodo continuar pagando cachê para pequenas participações de locutores, cujas origens são desconhecidas?

DO FUNDO DA ARCA

Antes – Cássio Gabus Mendes em Elas por elas, em maio de 1982
Antes – Cássio Gabus Mendes em Elas por elas, em maio de 1982
Agora – No papel de Mendes, em Lado a Lado
Agora – No papel de Mendes, em Lado a Lado

Um abraço, Edson Morais.

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