Empresa de bioenergia amplia presença em MS com três novas plantas industriais
Atvos prevê a instalação de uma indústria de biometano e outras duas unidades para produção de etanol de milho
Mato Grosso do Sul irá receber um novo ciclo de investimentos da Atvos, que prevê um pacote adicional de R$ 2,36 bilhões para a instalação de três novas unidades industriais no Estado. O anúncio foi reforçado nesta quinta-feira (27), durante a participação do titular da Semadesc (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, no Encontro Anual da Atvos, em Campo Grande.
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A Atvos anunciou um novo ciclo de investimentos de R$ 2,36 bilhões em Mato Grosso do Sul para a instalação de três novas unidades industriais, incluindo uma planta de biometano e duas usinas de etanol de milho. Cada usina processará 534 mil toneladas de milho por safra, com produção estimada de 250 milhões de litros de etanol. A empresa já investe R$ 350 milhões na construção de sua primeira planta de biometano em Nova Alvorada do Sul e, desde 2023, destinou R$ 3 bilhões para ampliar operações no estado. Atualmente, a Atvos mantém três polos em Mato Grosso do Sul, empregando diretamente cerca de 4 mil trabalhadores.
A empresa, que já investe R$ 350 milhões na construção de sua primeira planta de biometano em Nova Alvorada do Sul, divulgou o pacote que prevê uma indústria de biometano e duas usinas de etanol de milho. Cada planta deve processar cerca de 534 mil toneladas de milho por safra, com produção estimada de 250 milhões de litros de etanol. Os projetos seguem em fase de estudo de engenharia.
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Desde 2023, a Atvos já havia anunciado um plano de R$ 3 bilhões para ampliar operações, modernizar estruturas e fortalecer a base produtiva em Mato Grosso do Sul. Parte desse montante, aproximadamente R$ 1 bilhão, está sendo aplicada na modernização das linhas de produção e no aumento da produtividade da cana-de-açúcar. Atualmente, a empresa mantém três polos no Estado e emprega diretamente cerca de 4 mil trabalhadores.
Em 2024, a empresa também anunciou o investimento de R$ 350 milhões na construção da primeira planta de biometano no Estado, na usina Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul. A unidade terá capacidade para produção de 28 milhões de metros cúbicos de biometano por safra e utilizará resíduos de cana-de-açúcar.
Durante o evento, Verruck destacou que o novo pacote reforça a estratégia estadual de transição energética e atração de investimentos vinculados à descarbonização. “A Atvos vem consolidando um modelo que integra produção de energia, etanol e biometano. Isso fortalece nossa rota tecnológica e reforça que investir em Mato Grosso do Sul significa aderir a um projeto de futuro”, afirmou.
O secretário também ressaltou que o Estado vive um momento de transformação sustentado por políticas públicas e parcerias com o setor privado. Ele citou o processo de recuperação de áreas degradadas, que tem ampliado a produção agrícola sem avanço sobre novas áreas. “Em três anos, reintegramos cinco milhões de hectares de pastagens degradadas ao processo produtivo, destinando parte ao cultivo de eucalipto, soja e milho. É uma ação que otimiza a produção remanescente e reduz emissões de metano”, disse Verruck.
Além dos investimentos privados, o secretário elencou avanços na agenda climática, como o desenvolvimento do mercado de carbono e a habilitação do Estado para 85 milhões de toneladas de CO₂ equivalente no mecanismo REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) Jurisdicional, cujo edital deve ser lançado em janeiro. Ele também lembrou iniciativas pioneiras, como a primeira certificação de crédito de carbono do Pantanal, adquirida pela Singapore Airlines, e a certificação inédita de uma universidade.
Na área de saneamento básico, Verruck destacou a meta de universalização em três anos e a liderança de Mato Grosso do Sul em logística reversa, com coleta de cerca de 13 quilos por habitante. Ele também enfatizou a necessidade de preparar municípios que recebem grandes empreendimentos, garantindo que o crescimento econômico venha acompanhado de estrutura adequada, serviços públicos e políticas de inclusão.
O secretário reforçou que, embora a meta oficial de carbono neutro esteja prevista para 2030, o prazo poderá ser ajustado, sem prejuízo do propósito estabelecido. “Talvez a concretização plena ocorra em 2031 ou 2032, mas o importante é que traçamos um caminho legítimo, com compromisso de longo prazo”, afirmou.
Para Verruck, os anúncios da Atvos reforçam o ambiente favorável criado pelo Estado para investimentos sustentáveis. “Estamos construindo um ambiente de negócios baseado em confiança, transparência e competitividade global. A bioenergia é parte central dessa estratégia, e a chegada de novos investimentos mostra que Mato Grosso do Sul está no rumo certo”, completou.
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