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Economia

Bolsa sobe 1,02% e dólar cai após prévia da inflação abaixo do esperado

Ibovespa avançou 1,02% e fechou aos 139.541 pontos; veja os destaques

Por Gustavo Bonotto | 27/05/2025 19:00
Bolsa sobe 1,02% e dólar cai após prévia da inflação abaixo do esperado
Cédula do dólar, moeda estadunidense (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A bolsa de valores subiu, o dólar caiu e o mercado financeiro operou com tranquilidade nesta terça-feira (27), após a divulgação da prévia da inflação oficial abaixo do esperado, no Brasil, e o adiamento de tarifas comerciais nos Estados Unidos.

O índice Ibovespa avançou 1,02% e fechou aos 139.541 pontos, enquanto o dólar comercial recuou 0,53% e encerrou cotado a R$ 5,64. A valorização da bolsa ocorreu durante o pregão da B3, em São Paulo, com base na percepção de que o Banco Central pode interromper o ciclo de alta dos juros, e com a queda dos rendimentos dos títulos norte-americanos após o recuo do governo dos EUA em relação à taxação sobre produtos europeus.

O indicador chegou a superar os 140,3 mil pontos pela manhã, renovando o recorde histórico da bolsa brasileira, mas perdeu força no período da tarde. Parte dos investidores vendeu ações para garantir lucros acumulados nos últimos dias. O resultado positivo se manteve no fechamento, com o Ibovespa registrando a terceira alta seguida. Em maio, o índice acumula alta de 3,31%, com valorização de 16,01% no ano.

No câmbio, a cotação do dólar oscilou pouco pela manhã e caiu nas últimas horas do pregão. A moeda acumula queda de 0,56% em maio e de 8,65% em 2025. A divulgação do IPCA-15, que mostrou inflação de 0,36% em maio, abaixo da previsão de 0,44%, fortaleceu a aposta de que a taxa básica de juros, atualmente em 14,75%, será mantida ou ajustada com mais cautela na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

Além dos dados internos, o adiamento das tarifas de 50% que os Estados Unidos aplicariam sobre produtos da União Europeia também influenciou os mercados. O presidente Donald Trump (Republicano) prorrogou a decisão para 9 de julho e indicou avanço nas negociações, o que provocou queda nas taxas dos títulos do Tesouro norte-americano e melhorou o apetite dos investidores por ativos de países emergentes.

O mercado também acompanhou a discussão sobre o aumento do IOF. A medida foi anunciada pelo governo na semana passada para reforçar a arrecadação e cumprir a meta fiscal, mas gerou críticas no Congresso Nacional. Até esta terça, vinte propostas pediam a suspensão da medida. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que o recuo parcial sobre a taxação de fundos no exterior pode exigir novo bloqueio no orçamento. A definição das medidas compensatórias deve ocorrer até o fim da semana.

Os investidores ainda aguardam a divulgação de indicadores como o desemprego, na quinta-feira (29), e o PIB (Produto Interno Bruto), na sexta-feira (30), para avaliar os próximos passos da política econômica.

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