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Economia

Carne em Campo Grande tem a segunda maior alta do País

Alta na cesta de alimentos foi de 8,27% em janeiro, segundo pesquisa do Dieese

Nícholas Vasconcelos | 06/02/2013 15:27
Carne e batata puxaram a alta da inflação em Campo Grande. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
Carne e batata puxaram a alta da inflação em Campo Grande. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

Campo Grande teve a segunda maior alta da carne entre 18 capitais brasileiras no mês de janeiro, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O levantamento divulgado nesta quarta-feira (6) apontou que a Capital sul-mato-grossense teve alta de 5,3%, só perdendo para Salvador (BA) com elevação de 11,61%, na comparação com o mês de dezembro.

No Estado com o quarto maior rebanho bovino do país, a alta da carne foi causada porque o produtor rural priorizou o mercado externo, que está com preços melhores que o interno. O preço médio foi de R$ 14,30.

Segundo a economista do Dieese em Campo Grande, Andreia Ferreira, janeiro é um mês geralmente registra queda no preço da carne.

“Contrariou a tendência de queda que vem depois do fim do ano, quando há um aumento de demanda provocado pelas festas”, comentou.

Apesar da alta da carne, foi a batata o alimento que mais teve alta em Campo Grande, com 44% de elevação na comparação com o mês de dezembro. Enquanto no fim do ano o quilo custava R$ 2,07 e passou para R$ 2,99.

Para Andreia, essa alta é reflexo da queda da demanda e o aumento da procura. “A batata teve produtividade, provocada pelo excesso de chuva nas regiões produtos e o aumento da demanda, as pessoas resolveram comer mais batata no mês de janeiro”, disse.

Por outro lado, a cidade teve o arroz mais barato entre as 18 cidades pesquisadas pelo Dieese. O custo médio de um pacote de 3 kg de arroz foi preciso desembolsar 2,35, uma diminuição de 4,47%.

Em Campo Grande, a cesta básica individual teve variação de 8,27% e custou R$ 263,03. Essa cesta é composta por 13 produtos e no último mês do ano passado era encontrada por R$ 242,94. A Capital de Mato Grosso do Sul tem a 5ª menor cesta do país, atrás de Fortaleza (CE), Recife (PE), João Pessoa (PB). Aracaju (SE) tem a cesta mais barata do país, por R$ 231,80.

Para comprar os todos os alimentos básicos o trabalhador precisou, em média, de 85h e 21 minutos de trabalho.

Cesta Familiar – Para alimentar uma família de 4 pessoas em Campo Grande foi preciso gastar R$ 789,09 no mês de janeiro, segundo o Dieese. Conforme o levantamento são necessárias três cestas individuais para um grupo familiar, por isso a elevação também é de 8,27%.

No mês de dezembro, a cesta familiar custava R$ 789,09. Essa alta foi absorvida pelo aumento do salário mínimo.

“O aumento de R$ 56 foi absorvido pelos R$ 20 da cesta. Temos os R$ 36 restantes que vão ser usados pelo aumento dos combustíveis”, Explicou Andreia. A expectativa é de que a alta da gasolina seja repassada para os transportes e outros produtos.

Para o Departamento, o salário mínimo ideal no país seria de R$ 2.674,88 para atender as demandas de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene entre outras despesas.

A previsão é de alta para diversos outros itens da cesta básica, já que o mercado externo regula uma série de alimentos dentro do País. O óleo de soja é um exemplo, embora tenha tido queda de 2,39%, deve ter reajuste nos próximos meses.

Outros que acabam dando lugar a produtos mais rentáveis. “O açúcar tem expectativa de alta, porque a indústria tem transferido a produção para os combustíveis”, explicou a economista.

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