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Economia

Governo do MS e União estudam ajuda financeira para produtores no Pantanal

Programa está em análise pelo Ministério da Agricultura e pode ser anunciado já na próxima semana, afirma Jaime Verruck

Nyelder Rodrigues | 18/09/2020 17:45
Além de vegetação nativa, áreas produtivas também foram atingidas (Foto: CBM-MS)
Além de vegetação nativa, áreas produtivas também foram atingidas (Foto: CBM-MS)

Produtores rurais da região do Pantanal podem receber em breve um auxílio financeiro para enfrentar os problemas causados pela seca extrema. A medida mais revelada pelo chefe da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, nesta sexta-feira (18).

As condições climáticas atuais vem causando grandes incêndios florestais em Mato Grosso do Sul e, por isso, o Governo do Estado e o Ministério da Agricultura estudam a criação desse programa de auxílio aos produtores pantaneiros.

"Estamos terminando isso com o Ministério da Agricultura. Iniciamos ontem (17) e queremos anunciar na próxima semana. Será uma linha de crédito, um apoio aos produtores tanto para retenção de matrizes como custeio", comenta Verruck.

O secretário ainda diz que essa iniciativa é uma forma de apoiar o enfrentamento não só à seca, mas aos que produzem em áreas que foram afetadas pelas queimadas. Por ser uma região comumente alagada, a produção rural mais forte no Pantanal é a pecuária.

"O foco agora também é a restauração de áreas atingidas pelo fogo e temos que salvar o maior número de animais possíveis nesse bioma tão importante para o Brasil", completa o chefe da Semagro, indicando que a fauna também gera preocupação.

Verruck não revelou valores, mas confirmou estudo para apoio à produtores (Foto: Reprodução)
Verruck não revelou valores, mas confirmou estudo para apoio à produtores (Foto: Reprodução)

Pantanal em chamas - Recentemente, foram liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional R$ 3,8 milhões para ações de combate às chamas no Pantanal. Parte do valor foi usado para contratar uma empresa com aeronave capaz de carregar e lançar água sobre as áreas afetadas. Está previsto a contratação de 200 horas de voo.

A expectativa é que sejam realizadas quatro horas diárias de voos desse tipo, o que totalizará 50 dias de trabalho, caso se utilize apenas um avião. "A quantidade de dias em que vamos usar essas aeronaves vai depender de quantas vamos usar", explicou na terça-feira (15) o coordenador estadual da Defesa Civil, Fábio Catarineli.

O Pantanal enfrenta o maior incêndio florestal dos últimos anos, com pelo menos 1,27 milhão de hectares devastados pelo fogo. O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Waldemir Moreira Júnior, afirmou em live da Semagro nessa sexta-feira, ao lado de Verruck, que essa é a pior seca dos últimos 57 anos em Mato Grosso do Sul.

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