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Economia

No Dia do Comerciário, Idelmar lembra do primeiro emprego, em 1967

Presidente do sindicato da categoria trabalhou nas Pernambucanas há 50 anos

Osvaldo Júnior | 30/10/2017 17:42
Idelmar, presidente do sindicato dos comerciários; hoje é o dia da categoria
Idelmar, presidente do sindicato dos comerciários; hoje é o dia da categoria

Há meio século, um jovem de 25 anos, vindo de Manaus, assinava pela primeira vez sua carteira de trabalho na função de balconista na Casas Pernambucanas, em Campo Grande. Hoje, com 75 anos, Idelmar da Mota Lima, está à frente de sindicato que representa cerca de 50 mil trabalhadores, os quais têm nesta segunda-feira (30) o seu dia.

O Dia do Comerciário foi instituído pela Lei 12.790, promulgada em 14 de março de 2013. “Houve muita luta naquela época pela melhoria das condições de trabalho. A jornada era muito longa. Os caixeiros viajantes, que eram os comerciários de então, trabalhavam praticamente 24 horas por dia”, conta o líder sindical.

Idelmar se refere ao Brasil da primeira metade do século passado. Os caixeiros viajantes começaram a se organizar e tiveram importante conquista no início da década de 1930. No dia 29 de outubro de 1932, cerca de 5 mil comerciários marcharam até o Palácio do Catete em protesto.

No dia seguinte, o então presidente Getúlio Vargas assinou decreto fixando a jornada da categoria em oito horas diárias. Por essa razão, 30 de outubro foi escolhido como o Dia do Comerciário. Nesta data, é feriado em alguns estados.

“É uma categoria muito importante, porque movimenta a economia. É o elo entre a produção e o consumo”, afirmou Idelmar. E acrescentou: “Sou comerciário. Amo isso. É a minha vida”.

Idelmar está no setor desde 1967. Sempre trabalhou em Campo Grande em lojas que existem, hoje, apenas como lembrança, excetuando-se a Pernambucanas. “Trabalhei também na Arapuã e na Souza Cruz”, cita. “Comecei como balconista”, acrescenta.

Idelmar não está mais em alguma loja, já não oferece mais produtos a clientes, já está aposentado; mas, conforme afirma, não deixou de ser comerciário. “E me orgulho muito disso”, finaliza.

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