Nos mercados, campo-grandense faz fila para garantir churrasco e bebidas
Carnes e bebidas são os produtos mais procurados nos estabelecimentos. No Mercadão clientes fizeram fila para entrar antes do local abrir às portas
Filas logo no início da manhã já podiam ser vistas, do lado de fora, antes mesmo que o Mercado Municipal de Campo Grande abrisse as portas. No "Mercadão" e em outros supermercados, o corre-corre do consumidor no fim de ano é para garantir um churrascão e um réveillon regado à bebidas. Isso porque as carnes e as bebidas foram os produtos mais procurados na manhã desta segunda-feira (31).
Administrador do Mercadão, Daniel Amaral explicou que o natal já registrou movimento recorde. Para ele, o que mais surpreende é o público que busca as peixarias. O Mercadão só funciona até às 12h, afirma, mas se o movimento continuar forte, deve fechar mais tarde.
O açougueiro Paulo Vieira Chagas, 23, abriu o estabelecimento onde trabalha às 6h30 e já recebeu muitos pedidos logo no início. Da loja de carnes, os produtos mais pedidos são ponta de costela, que sai por R$ 21,80 o quilo e a maminha, que pode ser encontrada por R$ 25 o quilo.
Além das peças, a picanha e a linguiça de Maracaju também são apostas para o churrasco. “Mato Grosso do Sul é carne, carne, carne”, brinca o trabalhador.
Quem foi buscar o açougue logo cedo foi o casal Lídia Silveira, 62, e o marido Gilberto Silveira, 65. Os dois compraram um lagarto, carne bovina, para fazer recheado. Além disso, pretendem aproveitar a diversidade do Mercadão para comprar verduras.
O empresário Cristian Jean Saliba, 37, visitou o local em busca do pernil. “Como todo brasileiro, deixei para última hora e quase fico sem”, confessa. “Eu e minha esposa também vamos comprar frutas, bebidas e refrigerante”, conta.
Peixes, porque nadam para frente – Na peixaria de Clelber Linares, que também é presidente da Associação do Mercadão, a crença de que os peixes trazem prosperidade rendem, para ele, mais lucro. No local, o quilo do Pacu, peixe mais vendido, sai por R$ 15,90. Ali, essa espécie de peixe também é vendido assado e custa R$ 42,90.
O fluxo na peixaria é forte desde a sexta-feira (28). As vendas, conta ele, contaram com a facilidade do final de semana prolongado. Esse ano, relata, a data do natal e do réveillon ajudaram o comércio.
Patrícia Alves, tosadora, 32, comprou pacu e filé de tilápia para o almoço especial do primeiro dia do ano. Hoje, diz, a ceia de passagem de ano será o famoso churrasco. Os peixes, defende, não são comprados por superstição, mas sim porque a família “tem costume de comer peixes”.
Nos atacados, fila imensa de carros no estacionamento. É o caso do Atacadão da Avenida Costa e Silva, que funciona até às 18h, que tinha até fila para entrar. No local, carrinhos lotados de bebida, refrigerantes e fardos de cerveja.
Promotora de vendas, Cláudia Silva, 30, trabalha no Atacadão e aproveitou para garantir as compras onde trabalha. Do mercado, ela leva refrigerantes e cerveja. O réveillon é com a família, que vai comer churrasco. Ela afirma que, mesmo com muito movimento, o fluxo para pagar estava rápido.
A encarregada de pessoal Vera Lúcia Mendonça, 51, vai fazer pernil assado na ceia e no almoço do dia 1 de janeiro, vai comer churrasco. O motivo, explica, é para não ter muito trabalho. Ela foi comprar bebidas alcoólicas e refrigerantes.
O gerente do Atacadão, que pediu para não ser identificado, afirma que as mercadorias fortes desse réveillon são as carnes, as bebidas e as frutas. O movimento é mais intenso na hora do almoço, conta, mas volta a diminuir durante a tarde.
O supermercado Comper, na Rua Rui Barbosa, atende às 20h e também registra procura intensa por bebidas. A terapeuta ocupacional, 37, Gizele Mamoura, lotou um carrinho com vinho espumante. O motivo? O grupo de 100 pessoas da família, muitos vindos de fora, que se unem para a passagem de ano. A ceia vai ter arroz, chester, creme de milho, pernil e... churrasco.