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Economia

Sem receber, funcionários de empresa de ônibus fazem novo protesto

Trabalhadores cobram pagamento de salário e ticket atrasados. Sindicato dá prazo até amanhã

Gabriel Neris e Liniker Ribeiro | 27/08/2018 15:35
Funcionários da Viação São Luiz se reuniram com sindicato hoje à tarde na saída para Sidrolândia (Foto: Liniker Ribeiro)
Funcionários da Viação São Luiz se reuniram com sindicato hoje à tarde na saída para Sidrolândia (Foto: Liniker Ribeiro)

Funcionários da Viação São Luiz fizeram na tarde desta segunda-feira (27) um novo protesto contra o atraso no pagamento salarial dos funcionários da empresa em Campo Grande. Uma reunião foi realizada com o sindicato responsável pela categoria. Além de um salário atrasado, os trabalhadores cobram o pagamento do ticket, que está em atraso há três meses.

Samir José Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Campo Grande e Região, afirma que a empresa recebeu notificação na sexta-feira passada e o prazo para quitar os compromissos termina amanhã. Além do salário, a categoria cobra ao menos o pagamento de um dos três tickets atrasados. Segundo ele, a empresa já sinalizou que pagará o ticket entre 2 e 8 de setembro, mas os funcionários querem o pagamento junto com o salário.

Caso o pagamento não seja feito até amanhã às 14h, quando está prevista uma nova reunião, os trabalhadores ameaçam parar as atividades novamente, desta vez em todos os departamentos, atingindo 100% da empresa. O valor do ticket pago aos motoristas é de R$ 500 e para os demais funcionários R$ 350.

Um trabalhador – que prefere não ser identificado – reclama dos atrasos. “Situação pior que essa não tem. Como você pega um ônibus, viaja, e a mulher liga falando que acabou o gás e não tem como comprar outro? O ticket faz muita falta”, reclama. Segundo ele, a empresa também não efetua o pagamento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

O presidente do sindicato disse ainda que funcionários de Cassilândia, Costa Rica e Rondonópolis (MT) estão enfrentando situação parecida. Caso os funcionários da Capital paralisem as atividades será a segunda vez neste ano. Em abril foram 10 horas de braços cruzados pelo mesmo motivo. “Tem trabalhador que saiu de férias, voltou e ainda não recebeu o dinheiro das férias”, conta Samir.

A reportagem tentou entrar em contato com a direção da empresa, porém as ligações telefônicas não foram atendidas.

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