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Lado B

Com mais evangélicos em Mato Grosso do Sul, eles lucram com shows gospel

Elverson Cardozo | 22/12/2012 17:56
Dalton (à esquerda) e Jaime decidiram investir no mercado evangélico. (Foto: João Garrigó)
Dalton (à esquerda) e Jaime decidiram investir no mercado evangélico. (Foto: João Garrigó)

De olho da população evangélica que só cresce com o passar dos anos, eles resolveram investir em produções especializadas. Jaime Egídio, de 38 anos, e Dalton Derzi, de 35 anos, já trabalham com organização de eventos, na parte estrutural, mas agora pretendem conquistar o mercado promovendo shows gospel em Campo Grande.

Os sócios ainda nem decidiram o nome da empresa, que ainda está sendo criada, mas já conseguiram trazer um dos grupos mais conhecidos do Brasil, o Diante do Trono, que se apresentou na noite desta sexta-feira (21), no Jockey Clube. O custo de produção girou em torno de R$ 40 mil.

Apesar do pouco tempo na praça, o contato com empresários de artistas conhecidos tem garantido a agenda. A atração anunciada para 2013 é o show de Fernandinho, cantor que se apresentou no Festival Promessas, especial da  Rede Globo.

Jaime Egídio adianta que a proposta é realizar pelo menos 4 shows anuais na cidade, com nomes e grupos conhecidos no cenário nacional.

“É um segmento diferenciado no mercado. A gente está investindo nesse setor porque já tem muitas pessoas focadas no sertanejo, que é o que tem tradicionalmente em Campo Grande”, disse.

A aposta dos sócios está na exclusividade, que pode render boas parcerias, mas o público também é exigente e a qualidade não deve ser posta de lado.

No show do Diante do Trono, por exemplo, a parte estrutural foi a mesma utilizada em um show comercial de grande porte, com bangalôs, camarote, área vip e pista.

Cerca de 10 mil pessoas foram ao show do Diante do Trono. (Foto: João Garrigó)
Cerca de 10 mil pessoas foram ao show do Diante do Trono. (Foto: João Garrigó)

Como a festa foi “open água e refrigerante”, 7 bares foram montados no espaço para distribuição de bebidas gratuitas, fora a praça de alimentação. Na equipe de organização, incluindo segurança e parte operacional, havia cerca de 300 pessoas.

Para o sócio-proprietário, a vantagem de se produzir eventos voltados à comunidade cristã é que os shows geralmente são mais tranquilos, longe das bagunças generalizadas, brigas e discussões, muitas vezes provocadas pelo consumo de bebida alcóolica.

“A gente não tem esse problema. O público está indo para louvar a Deus”, ressaltou.

Estimativa – O resultado do último Censo Demográfico, realizado em 2010, aponta crescimento da população evangélica no Brasil, mas a proporção de católicos continua a ser majoritária.

Em Mato Grosso do Sul, quase 1,5 milhão se declaram católicos apostólicos romanos, contra mais de 648 mil evangélicos. O número de espíritas passados 46 mil. Na Capital, os católicos também lideram as estatísticas. São 405 mil contra 55 mil evangélicos. Os espíritas ficam, novamente, na terceira posição, com mais de 27 mil adeptos.

No Brasil, o estudo mostrou o crescimento da diversidade religiosa. Paralelamente à redução de católicos, observou-se crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% para 22,2% em 10 anos.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dos evangélicos, 60,0% eram de origem pentecostal, 18,5% de missão e 21,8% não determinados.

Houve aumento dos espíritas, dos que se declararam sem religião e dos que pertencem às outras religiões. Adeptos das religiões afrobrasileiras somam 3.695 mil.

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