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Comportamento

Da favela para a cozinha: fotografia mudou radicalmente a vida de Maurílio

"Eu vim de uma família muito pobre e hoje, estou caminhando para ter uma vida melhor"

Suzana Serviam | 15/09/2021 10:58
Maurílio finalizando o preparo de uma refeição. (Foto: Arquivo Pessoal)
Maurílio finalizando o preparo de uma refeição. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Vim da favela, sou favela e por meio da fotografia, venci na vida”. Essa fala é de Maurílio Aparecido Gomes de Lima, de 31 anos. Sorridente, o empresário se encheu de orgulho ao lembrar como aprender a fotografar o ajudou a conquistar duas graduações e ainda ser tornar chef de cozinha de seu próprio restaurante.

O início da sua trajetória foi aos 13 anos, quando participou do projeto social "Nosso Olhar: Fotografia para a Cidadania", que era desenvolvido no Tiradentes. Por lá, a criançada era encorajada a trabalhar com a criatividade.

Era simples, bastava observar as coisas ao redor e fazer um registro. "Foi assim que aprendi a desenvolver pensamento crítico. Foi como um despertar que transformou minha vida e me fez correr atrás do sonho de viver outra realidade", e ele conseguiu.

Vindo de uma família humilde, Maurílio teve que lutar bravamente para criar condições e conseguir formar em serviço social, técnico em eventos e agora, gastronomia. "Eu vim de uma família muito pobre e hoje, estou caminhando para ter uma vida melhor", explica.

Na foto, está Maurílio, aos 13 anos, e o pai contemplando a exposição de fotos realizada por ele e outros amigos. (Foto: Elis Regina e Vânia Jucá)
Na foto, está Maurílio, aos 13 anos, e o pai contemplando a exposição de fotos realizada por ele e outros amigos. (Foto: Elis Regina e Vânia Jucá)
Maurílio durante palestra com adolescentes no início do projeto, na tarde de ontem. (Foto: Suzana Serviam)
Maurílio durante palestra com adolescentes no início do projeto, na tarde de ontem. (Foto: Suzana Serviam)

Uma das idealizadora do projeto, Elis Regina Nogueira, de 53 anos, lembrou que Maurílio sempre se envolveu muito no projeto. Foi um momento transformador pra ele, porque vislumbrou que poderia ser alguém na vida. "O fato de você tá na periferia, às vezes, não ter condições financeiras, não o impede de correr atrás e vencer", revela.

Hoje, o projeto social está em funcionamento no Jardim Noroeste e só foi possível retornar por conta do incentivo do FIC-MS (Fundo de Investimentos Culturais), além de parceiros, como a Associação Amigos de Maria e o curso de Geografia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Serão 19 participantes na última fase, com 20 horas de aula, a partir dos dias 14, 16, 21, 23 e 28 de setembro, das 14h às 17h. A Oficina Nosso Olhar - Fotografia para a Cidadania acontece na sede da Associação Amigos de Maria, Rua Indianápolis, 2020, Jardim Noroeste.

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