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Comportamento

Encontro de alunos do extinto ASE mostra que o melhor do presente é o passado

Paula Maciulevicius | 02/11/2015 07:23
Alexandre, Fábio e Paola coordenaram reencontro. (Foto: Simão Nogueira)
Alexandre, Fábio e Paola coordenaram reencontro. (Foto: Simão Nogueira)

Paola, Fábio e Alexandra. Em comum, além da idade, eles têm a passagem pelo mesmo colégio entre os anos 80 e 90, o extinto ASE, em Campo Grande. O significado da sigla eles se recordam até hoje: Associação Sul-mato-grossense de Ensino, dizem em coro. Nas lembranças também ficou o primeiro nome da chamada, quase sempre o de Alexandra.

No fim de semana, depois de cinco anos de tentativas frustradas, eles conseguiram se reunir. Pouco mais de 10 ex-alunos, todos na faixa dos 35 anos, que estudaram no colégio de 1982 até 1997, ano em que o ASE fechou as portas.

Os encontros começaram primeiro no mundo virtual, pelo Facebook quem tinha algum ex-colega tratava de perguntar de outro, até ser criado o grupo no WhatsApp. Aproximação que se concretizou num churrasco que levou até os amigos de longa data às lágrimas.

Das fotos antigas saiu essa, de 1992. (Foto: Arquivo Pessoal)
Das fotos antigas saiu essa, de 1992. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Cada um seguiu seu rumo, profissão, constitui família”, diz Paola Aguni de Campos, hoje chef de cozinha e com 35 anos. As palavras saem como justificativa ou argumento para a separação que o tempo causou.

“Nós éramos melhores amigas, dormíamos na casa uma da outra”, recorda Alexandra Nazario da Cruz, professora, de 35 anos.

O extinto ASE ficava onde hoje é o Cecamp, da Rua 26 de Agosto até o lado do antigo fórum, na Avenida Fernando Correia da Costa. A ideia é de que futuramente um encontro seja feito lá, in loco, onde eles viveram o que consideram a melhor época.

“Não foi uma coisa só de escola, foi ali que vivemos uma história da nossa vida”, define Fábio Pinto, também de 35 anos e hoje jornalista.

O que fica no presente é a vontade de ter compartilhado tantas histórias que se “perderam” nesses quase 20 anos depois que a escola fechou. “Poderíamos ter vivido afetos, desafetos... Eu olho para eles e vejo como se fossem adolescentes”, descreve Paola. De fato, a felicidade que irradia parte do grupo de ex-alunos era assim: de uma alegria juvenil.

“Eu não consigo ver eles assim: adultos. Minha lembrança é de molecagem, da Paola colocando corante na caixa d’água da escola”, revela Alexandra. Motivo para todos caírem na gargalhada.

Os encontros entre ex-alunos de escola e faculdade têm sido tão frequentes e não necessariamente seguem uma data “redonda”, que nos faz pergunta por que a gente tem necessidade de voltar ao passado?

“Porque foi a melhor época e reencontrar as pessoas, a gente acha que vai reviver tudo aquilo. Isso tranquiliza um pouco, eram anos de bagunça”, responde Alexandra. Fábio completa dizendo que assim como na escola, estar perto das amigas é muito bom. “Eu vivi o final da minha infância e começo da adolescência ali, com eles. E aqui você revive tudo isso”. A necessidade vem, para Paola, de encontro ao que se vive hoje em dia.

“Trazer boas lembranças à tona num mundo que está cada vez pior é uma necessidade. Porque você coloca um passado que foi bom num presente”, finaliza.

O Lado B depois recebeu várias fotos no WhatsApp, o encontro registrado foi tão bom que eles já saíram dali pensando no próximo.

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Parte do ex-alunos como estão hoje, em 2015. (Foto: Arquivo Pessoal)
Parte do ex-alunos como estão hoje, em 2015. (Foto: Arquivo Pessoal)
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