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Comportamento

Temporada de Paçoca com protetora acabou e agora vira-lata busca lar definitivo

Paula Maciulevicius | 30/04/2017 07:10
Paçoca, vira-lata que curadinho, agora procura uma família. (Foto: Arquivo Pessoal)
Paçoca, vira-lata que curadinho, agora procura uma família. (Foto: Arquivo Pessoal)

Cheio de pinta, o Paçoca que hoje faz pose para a foto é bem diferente daquele cachorro que Ingrid encontrou em novembro do ano passado. A advogada socorreu o vira-lata depois que um carro o atingiu e foi embora sem prestar nenhum socorro, na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. Desde então, a casa dela virou lar temporário e agora o cãozinho procura um definitivo.

Ingrid não tinha proximidade com ONG's, protetoras e nem "resgatadoras" de animais, como assim ela se intitula hoje. Conhecendo o trabalho de quem ajuda os bichinhos, ela se tornou uma voluntária na causa. 

O primeiro contato dos dois foi aos gritos. Ele de dor, por ter quebrado uma patinha, e ela de desespero, na tentativa de ajudar. "Levei ele para casa, vi que a patinha estava quebrada. Eu não tinha dinheiro, não sabia o que fazer e comecei a ligar para as ONG's", conta Ingrid Morais Aleixes, de 26 anos.

Logo depois da cirurgia. (Foto: Arquivo Pessoal)
Logo depois da cirurgia. (Foto: Arquivo Pessoal)
Na recuperação, ele já mostrava alegria. (Foto: Arquivo Pessoal)
Na recuperação, ele já mostrava alegria. (Foto: Arquivo Pessoal)

A ONG Abrigo dos Bichos foi a que acolheu ela e o cão e encaminhou Paçoca para os exames, e posteriormente, para uma cirurgia. "Ele colocou pino e uma placa, porque o fêmur estava quebrado. E se eu não tivesse resgatado ele?", se pergunta até hoje.

Pelas redes sociais, ela conseguiu ajuda para pagar as despesas de clínica e ração. "Uma vizinha dava dinheiro toda semana, meus amigos começaram a me ajudar. E de 10 em 10 dias eu o levava ao veterinário. Foram cuidados muito importantes e ele veio reagindo. A recuperação foi tão linda", coruja.

A casa dela virou lar temporário, que significa que, enquanto o bichinho precisa se recuperar, tem todo o cuidado e carinho de uma responsável. "Como as ONG's não têm espaços para comportar cachorros que acham na rua, as pessoas que participam acolhem e cuidam na casa delas até eles se reabilitarem e irem para a fase de adoção", explica a advogada. 

Já apto para adoção, Paçoca desfilará hoje na segunda cãominhada, que começa às 8h da manhã, no Parque dos Poderes, altura do Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.

Junto de Ingrid, protetora do lar temporário. (Foto: Arquivo Pessoal)
Junto de Ingrid, protetora do lar temporário. (Foto: Arquivo Pessoal)

Paçoca recebeu este nome logo que foi resgatado, por uma amiga de Ingrid. No início, como vinha de um sofrimento, ele costumava ser mais quietinho. "Como eu tenho a minha cachorrinha, ela que ajudou ele a se recuperar. Ele vem querer morder, brincar. Hoje está outro cachorro", descreve.

A cirurgia deixou Paçoca um pouquinho manco, mas até escada o bichinho sobe. "Um cachorro normal, que late quando alguém passa na rua, que é alegre e vem pular quando aparece alguém lá fora", completa Ingrid. 

Entregá-lo não será uma tarefa fácil, mas a advogada se compromete a ficar monitorando os cuidados da nova família de longe. "É uma forma também de aliviar esse coração apertado. Já faz três semanas que ele está pronto", informa. 

A ONG Abrigo dos Bichos estará presente na segunda cãominhada, evento realizado pela TV MS Record, neste domingo. Caso Paçoca já tenha sido adotado, lá com certeza terão outros animaizinhos que estão à espera de um lar. 

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