Coletivo vende pipoca doce para levar filmes a crianças da periferia

Nem todo cinema precisa de bilheteria, poltrona numerada ou tela gigante. Às vezes, ele cabe num projetor emprestado, num lençol branco e na alegria de quem assiste pela primeira vez.

É com essa ideia que o coletivo TransCine – Cinema em Trânsito comemora o Dia Internacional da Animação: vendendo pipoca doce de chocolate por R$ 25 para financiar sessões gratuitas de cinema em comunidades periféricas de Campo Grande.

A campanha pretende custear toda a estrutura, do som e transporte ao lanche das crianças, para três dias de exibição, entre 25 e 27 de outubro, nos bairros Vila Nhanhá, Jardim Canguru e Jardim Los Angeles.

“O cinema ainda é um espaço de privilégio, e o que a TransCine faz é romper com essa lógica, levando a experiência cinematográfica até onde ela quase nunca chega. O cinema é uma ferramenta de afeto, de encontro e de aprendizado”, explica Mariana Sena, produtora audiovisual e coordenadora do projeto.

As contribuições podem ser feitas via Pix (CNPJ 53943182000109). A entrega da pipoca é combinada diretamente com Mariana pelo WhatsApp (67) 98413-3442.

A Mostra de Animação Infantil vai acontecer:

• 25/10 (sábado) – Núcleo Humanitário da  Vila Nhanhá (Rua do Comércio, 149) – 17h
• 26/10 (domingo) – Projeto Atos de um Vencedor (Rua Jara, 130 – Jardim Canguru) – 17h
• 27/10 (segunda-feira) – Comunidade Esperança (Jardim Los Angeles) – 17h

Encerrando a programação, no dia 28 (terça-feira), às 19h, a UFMS recebe a Mostra Nacional e Internacional de Animação, com produções brasileiras e estrangeiras, todas as sessões são gratuitas e abertas ao público.

“Quando uma criança assiste a um filme, ela sonha. E a partir disso pode surgir uma semente que a instigue a seguir o caminho artístico. O cinema desperta imaginação, empatia e o senso de que o mundo pode ser visto por outros olhos e isso é transformador”, afirma Mariana.

Desde 2020, o TransCine já levou o cinema a dezenas de bairros de Campo Grande e comunidades do interior do Estado. O coletivo atua com o propósito de democratizar o acesso ao audiovisual e criar experiências culturais onde o entretenimento raramente chega.

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