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Diversão

Política da boa vizinhança garante sucesso de bilhar há quase 30 anos

Adriano Fernandes | 27/11/2015 06:23
Aberto em 1987, o Balabuska atualmente esta em sua quarta administração, sempre no mesmo endereço no bairro Monte Libano.(Foto:Gerson Walber)
Aberto em 1987, o Balabuska atualmente esta em sua quarta administração, sempre no mesmo endereço no bairro Monte Libano.(Foto:Gerson Walber)

Aberto desde 1987 no bairro Monte Líbano, o Balabuska Snooker Bar foi um dos primeiros estabelecimentos de grande porte da cidade a investir no conceito bar e sinuca. Naquela época, virou atração de um público mais experiente. Serviu até como ponto de encontro de jogadores com altas apostas.

Com o passar dos anos, os mais jovens também passaram a frequentar o lugar, que mantém até hoje o status de um dos locais mais tradicionais de Campo Grande.

Quando Luana pediu para que os pais comprassem o Balabuska, ela tinha apena 16 anos. (Foto:Marcos Ermínio)
Quando Luana pediu para que os pais comprassem o Balabuska, ela tinha apena 16 anos. (Foto:Marcos Ermínio)

O nome é inspirado no filme americano "A cor do dinheiro", onde um menino recebe de presente um taco muito famoso, chamado "Balabuska". Desde que foi inaugurado, o bar mudou quatro vezes de gestão, mas sempre no mesmo endereço, no número 805 da Rua Antônio Corrêa.

Por cerca de 11 anos, a família Ireijo foi a proprietária por mais tempo. O negócio foi ideia da filha do casal Ilma e Fernando Ireijo. Na época, Luana tinha apenas 16 anos e sugeriu o investimento aos pais. “O bar antes era da família de uma amiga...Ele foi posto à venda e eu pedi para os meus pais comprarem...Isso porque tinha vindo uma única vez”, lembra Luana.

Quando assumiram o negócio, uma das prioridades foi garantir a boa relação com os moradores do bairro. “Sempre mantivemos a política da boa vizinhança. Mesmo quando o bar funcionava até mais tarde, ou o som estava alto. Resolvíamos tudo na conversa” contou .

Simpática, dona Ilma recorda dos “puxões de orelha” que dava nos estudantes que exageravam na bebida. “Tão bebendo muito, eu dizia. Tratava como se fossem meus filhos”, comenta sorridente a senhorinha. Até bolinhos ela dava de graça, para galera que aparecia com maior frequência.

Dona Ilma e o marido, conhecido como seu Hayo tratavam os clientes mais jovens, como quem cuidava dos filhos.(Foto:Marcos Ermínio)
Dona Ilma e o marido, conhecido como seu Hayo tratavam os clientes mais jovens, como quem cuidava dos filhos.(Foto:Marcos Ermínio)

No auge da popularidade, o Balabuska teve karaokê e foi um dos primeiros lugares a receber artistas sertanejos, que ainda eram apenas aspirantes a cantores. “Por lá passaram Maria Cecília da dupla Maria Cecília e Rodolfo, Alex do Alex e Ivan e muitos outros”, conta dona Ilma.

A filha Luana também recorda com carinho do casal Valmir e Dalciza, moradores do bairro e cliente fixos, que apareciam sempre com o cãozinho poodle. “Ele era bravinho, mas nunca incomodou, nem nós da administração, nem os clientes” completa. O casal é frequentador até hoje no bar.

Cansados da rotina puxada de abrir de domingo a domingo, em 2010 a família optou por vender o espaço. Desde então, quem administra o Balabuska são os sócios Adriana Shimabucuro e Cesar Kanashiro, que decidiram manter as principais características do bar.

Ao todo, o espaço tem 14 mesas de sinuca e o cardápio é o tradicional, com lanches, iscas e uma picanha na telha, que é sucesso desde os primeiros anos. O Balabuska ainda continua abrindo todos os dias e vai até altas horas da madrugada.

Nem os antigos ou os atuais donos tem informações sobre os fundadores do bar, em 1987. Mas vêem no carinho dos moradores, o reconhecimento como parte da história do bairro.

“Algumas pessoas nem são mais moradoras no bairro, mas vem aqui pra rever o bar... saber como vão as coisas...Lembrar os tempos de faculdade, escola quando ainda eram clientes aqui”, diz Adriana.

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O Balabuska ainda continua abrindo todos os dias, e vai até altas horas da madrugada. (Foto: Gerson Walber)
O Balabuska ainda continua abrindo todos os dias, e vai até altas horas da madrugada. (Foto: Gerson Walber)
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